A CTG Brasil inaugurou no dia 27 de maio uma usina solar fotovoltaica piloto de módulos bifaciais no laboratório de energia solar fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis (SC). O projeto foi desenvolvido no âmbito de Pesquisa & Desenvolvimento da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, numa parceria com a UFSC, a Universidade Estadual Paulista de Ilha Solteira (SP) e o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

Fruto de investimento de R$ 7,2 milhões, a usina conta com rastreadores solares e módulos que giram em torno de um eixo. A planta piloto tem dois tipos de módulos fotovoltaicos, em quatro solos diferentes, para que sejam estudadas as condições de desempenho ao longo das estações do ano. A potência total é de 100 kW e o sistema está localizado junto às instalações do Grupo Fotovoltaica da UFSC.

Segundo os pesquisadores, serão avaliados fatores como degradação, sujidade, operação dos equipamentos em extrema irradiância e alta temperatura, além de medições de irradiação global horizontal, albedo, temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento. A ideia é utilizar o resultado das medições para realizar plano de implementação de futuras usinas solares em todo o País.

“Um dos maiores desafios da tecnologia fotovoltaica é a incerteza do desempenho das usinas. Por isso, o estudo de módulos bifaciais em conjunto com diferentes tipos de inversores e montados sobre rastreadores solares, aplicado às condições climáticas e de operação do Brasil, se torna fundamental para aumentar a precisão do funcionamento destas usinas”, disse o diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da CTG Brasil, Sérgio Fonseca.

A opção pelos módulos bifaciais tem a ver com a forte popularização de uso da tecnologia em empreendimentos no Brasil, que optam pela comprovada maior capacidade de geração de energia em um mesmo espaço e por seus custos reduzidos de implementação. Segundo o coordenador do Grupo Fotovoltaica, professor Ricardo Rüther, a capacidade dos módulos em refletir pode gerar ganhos expressivos e esta é a razão de se investigarem quatro tipos de solos diferentes. “Nesse projeto estamos manipulando o solo para aumentar um pouquinho a reflexão do Sol. Se a ganharmos 5% no desempenho de uma usina, isso representa uma competitividade maior para o empreendedor”, disse o professor.



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