O Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 12 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica (FV), em usinas de grande porte e em sistemas de pequeno e médio portes instalados em telhados, fachadas e terrenos. Com esse número, a energia FV ocupa agora o quinto lugar na matriz elétrica brasileira, tendo ultrapassado a potência instalada de termelétricas a combustíveis fósseis, que representam 9,2 GW da matriz.

De acordo com a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a energia elétrica de fonte solar já trouxe ao País mais de R$ 60,6 bilhões em novos investimentos, R$ 15,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 360 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

O segmento de usinas de grande porte responde por 4,5 GW, 2,4% da capacidade de geração elétrica do País, instalados em usinas nas quais foram investidos mais de R$ 23,5 bilhões e que geraram mais de 135 mil empregos acumulados desde 2012, além de proporcionarem arrecadação de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos. A geração distribuída solar responde pelos demais 7,5 GW, equivalentes a R$ 37,1 bilhões em investimentos e a R$ 9,4 bilhões em arrecadação acumulados no período.

Para a Absolar, o avanço da energia solar ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia. Ele lembra ainda que a  instalação de uma pequena usina geradora FV em uma residência é feita em apenas um dia, e que uma usina de grande porte tem prazos de menos de 18 meses, do leilão ao início de produção.



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