As duas principais entidades representativas globais dos setores solar fotovoltaico e eólico ― o Conselho Global Solar (GSC, na sigla em inglês) e o Conselho Global de Energia Eólica (GWEG, na sigla em inglês) ― fizeram alerta público de que o ritmo de investimentos atuais das duas fontes não é suficiente para atender a demanda mundial de limitar o aquecimento global a 1,5˚ C e de neutralizar as emissões de carbono até 2050. Isso com base nas projeções da Agência Internacional de Energia (AIE) de que as duas fontes precisariam representar 70% da matriz em 2050 para o cumprimento das metas.

Segundo estudo conjunto do GSC e do GWEC, a se manter o fluxo atual de aportes nas fontes, haverá um déficit na capacidade solar e eólica de 29% em 2030 com vista à curva necessária de nova geração até 2050. Com estimativa de fechar 2021 com 251 GW de nova geração das duas fontes, o gap já começaria neste ano, com 38 GW a menos do que o necessário.

Esse ritmo defasado, para o estudo, cresceria ano após ano. Em 2025,  a necessidade seria de 660 GW, mas chegaria pela projeção a apenas 378 GW, portanto 282 GW a menos do que o demandado para a meta.  Em 2030, a geração prevista de ser acrescentada seria, pelo estudo, de 637 GW, mas o volume nesse ano precisaria ser de 979 GW das duas fontes, para que a meta de neutralização em 2050 fosse cumprida ― ou seja, uma diferença de 342 GW a menos do que o necessário.

Aproveitando a realização da COP 26, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro a 12 de novembro, as entidades reivindicam três ações dos governos para equilibrar o ritmo de investimentos com a meta do clima. A primeira é elevar a ambição para energia eólica e solar em níveis nacionais através de metas atualizadas, com a proibição de novos investimentos na fonte carvão. A segunda é implementar políticas e marcos regulatórios para aquisição e entrega de energia renovável. A terceira seria a rápida construção de infraestrutura de energia limpa, incluindo redes de transmissão,  com maior diálogo entre operadores de sistemas, reguladores e o setor privado.



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