A fonte solar fotovoltaica continua a ser a maior geradora de empregos entre as renováveis. Segundo novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, da sigla em inglês), a mão de obra global da fonte aumentou em 6% em 2020, passando dos 3,75 milhões do ano anterior para 3,98 milhões de postos de trabalho. Com esse desempenho, o setor responde por 36% do total de 12 milhões de empregos existentes no mundo por conta da energia renovável.

Na dianteira dos empregos em solar FV, a China responde por 57,7% do total em 2020, com 2,3 milhões de trabalhadores na área, contra 2,2 milhões no ano anterior. O desempenho de liderança se explica pelo país ter agregado em capacidade solar no ano passado 49 GW de potência. Em segundo lugar, figuram os Estados Unidos, com 231 mil empregos, seguido por Japão (220 mil), Índia (163 mil), Vietnã e Bangladesh. O Brasil vem na sequência, na sétima posição, atingindo 68 mil empregos em solar em 2020, em consonância com os 3,3 GW de novas usinas instaladas no ano.

Globalmente, o acréscimo de energia solar FV foi de 127 GW em 2020, quase 30% acima da nova capacidade registrada em 2019, quando foram agregados 98 GW. Desse total, 78 GW (60%) foi registrado na Ásia, principalmente na China, Japão, Vietnã, Coreia do Sul e Índia, o que se reflete também na geração de empregos nesses países, que juntos respondem por 79,4% dos empregos em solar FV no mundo.

Embora o estudo chame atenção para o bom desempenho do setor mesmo durante o ano marcado pela pandemia, há a constatação de que os negócios na área começaram a melhorar apenas no fim de 2020, quando as restrições e os lockdowns começaram a perder força. Como exemplo, o relatório aponta que mais de 40% das novas instalações solares FV na China e Estados Unidos ocorreram no último quadrimestre de 2020.

Além da solar, o estudo da Irena acompanha anualmente a geração de empregos das fontes eólica, hídrica, da bioenergia, aquecimento solar e de outras mais incipientes, como a geotérmica e a oceânica. Na segunda colocação do relatório figura a bioenergia, com 3,52 milhões de vagas preenchidas; seguida pela fonte hídrica, com 2,18 milhões; eólica, com 1,25 milhão; e aquecimento solar, com 820 mil empregos no mundo. No cômputo geral, as renováveis aumentaram em 4,3% a mão de obra em 2020, em comparação com o ano anterior, quando havia 11,5 milhões de empregos. Vale destacar que o Brasil é o maior empregador no setor de biocombustíveis líquidos do mundo, com 871 mil trabalhadores em 2020.

Os resultados do estudo estão disponíveis em: www.irena.org/DigitalArticles/2021/Oct/How-Renewables-Power-12-Million-Jobs-Globally



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