Um projeto da Energisa, em cooperação com o MME e a Aneel, começou a implantar microssistemas solares fotovoltaicos com bateria para levar energia a 5 mil habitantes do Pantanal Sul-mato-grossense até então excluídos da rede elétrica. Batizado de Ilumina Pantanal, o projeto atenderá 2167 unidades consumidoras nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda, em uma área total de 90 mil km2. Uma cerimônia oficial realizada semana passada no Porto de São Pedro, um dos principais portos de embarque e desembarque de gado da planície pantaneira, em Corumbá, marcou a entrega do sistema fotovoltaico com armazenamento em baterias para a residência de uma moradora local.

Sob investimento total de R$ 134 milhões, com verbas federais e da Energisa, de início 77 famílias foram atendidas com a ligação de suas casas na rede de distribuição convencional. Nas demais 2090 unidades consumidoras, afastadas da rede, a opção será pelos sistemas individuais de geração solar e bateria. Além da implantação dos sistemas, processo que deve ser concluído até 2022, em todas as unidades consumidoras haverá também a instalação básica de elétrica predial, com tomadas e lâmpadas de LED.

A universalização da energia no Pantanal do Mato Grosso do Sul teve início em 2018 com um projeto de P&D Aneel da Energisa. Num primeiro momento, a distribuidora realizou, junto com o Instituto Lactec, um censo na região, para colher dados socioambientais, analisando o ambiente regulatório e diagnosticando o atendimento e o zoneamento. A pesquisa identificou as populações ribeirinhas da região que serão beneficiadas pelo projeto. 

Em 2018, teve início uma etapa piloto em que 23 unidades, entre casas, escolas e propriedades rurais, receberam sistemas de geração solar fotovoltaica e armazenamento de energia, atendendo a cerca de 100 pessoas. Foram beneficiadas primeiramente populações de áreas de mais difícil acesso, nas margens do Rio Paraguai e em Taquari, Nhecolândia e Paiaguás. 

 



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