Pesquisadores de duas universidades norte-americanas, a Case Western Reserve University, de Ohio, e da University of Rochester, de Nova York, desenvolveram uma nova classe de revestimentos ópticos com promessa de aumentar em seis vezes a durabilidade de células fotovoltaicas.
Os revestimentos ópticos são camadas de material depositadas em lentes de vidro para refletir ou filtrar a luz em diferentes comprimentos de onda. Além de utilizados em todos os tipos de instrumentos ópticos, de óculos a telescópios, os novos revestimentos desenvolvidos podem ser empregados em uma célula fotovoltaica para refletir totalmente apenas uma faixa de comprimento de onda muito estreita e que é responsável por produzir eletricidade, tornando a geração mais eficiente.
Além de poderem ser ajustados para refletir o comprimento de onda fotovoltaica “perfeito”, os revestimentos ainda podem ser utilizados para absorver o resto de espectro solar e transformá-lo em calor, permitindo um armazenamento de energia (no caso, térmica) mais barato do que o armazenamento de eletricidade.
Essa capacidade do revestimento de transferir com eficiência os comprimentos de onda específicos para o calor também protege a célula FV do superaquecimento, característica responsável pela promessa de aumentar em seis vezes a durabilidade das células revestidas.
A pesquisa ainda está na fase básica e demandará mais alguns anos para ser concluída, com o desenvolvimento da aplicação na geração solar, o que demandará esforços para aperfeiçoar o novo processo de manipulação da óptica de ondas em nanoescala.
O trabalho dos pesquisadores foi detalhado em artigo na revista Nature Nanotechnology, que pode ser acessado no link https://www.nature.com/articles/s41565-020-00841-9
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