Para limitar o aquecimento global a 1,5o C, o mundo precisará investir US$ 131 trilhões até 2050, o equivalente a US$ 4,4 trilhões em média por ano. Esta é a principal conclusão da prévia divulgada do relatório World Energy Transitions Outlook – 1,5o Pathway, da Irena - Agência Internacional de Energia Renovável. O valor estimado é 30% superior aos investimentos anteriormente planejados pela agência e compreendem adoção de tecnologias limpas, com destaque para energias renováveis, hidrogênio verde e bioenergia.
A prévia do relatório descreve o caminho para o mundo atingir as metas do Acordo de Paris e interromper o ritmo de mudanças climáticas. Além de limitar o nível do aquecimento, as ações teriam o poder também de trazer as emissões de CO2 perto do zero líquido em meados do século 21. Para embasar as tomadas de decisões, o texto da Irena oferece percepções de alto nível para orientar escolhas de tecnologia, necessidades de investimento e contextos socioeconômicos recomendados para criar um ecossistema favorável para a sustentabilidade.
O cumprimento das metas de redução de CO2 até 2050, para a Irena, exigirá uma combinação de ações que envolvem tecnologia e inovação para avançar na transição energética e melhorar a gestão do carbono; políticas de apoio; criação de empregos associados e melhorias socioeconômicas; e cooperação internacional para garantir a disponibilidade e o acesso à energia.
Para a agência, o caminho para a descarbonização e para a limitação de 1,5oC deve compreender ainda ações específicas, como por exemplo o aumento da eletricidade em edifícios, mudanças em processos na indústria e na matriz de transportes para apoiar a descarbonização, uso de combustíveis e matérias-primas sintéticas e o direcionamento de biomassa de origem sustentável. Além disso, a Irena cita também como fundamental a migração do grande capital para as tecnologias e energias verdes, em detrimento das fontes fósseis, movimentação que já ocorre em boa parte do mundo.
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