Testes realizados em 2024 pela alemã TÜV Rheinland, especializada em serviços de ensaios, inspeções e certificações, identificaram que a maioria dos módulos solares tem potência inferior à declarada. Os testes foram feitos em módulos com as tecnologias PERC, TOPCon e BC (do inglês back contact), sendo esta última a mais recente e, geralmente, com custo mais elevado.

 As análises feitas em laboratórios na Ásia e na Europa concluíram que apenas 34,3% dos módulos entregaram desempenho igual ou superior ao especificado pelos fabricantes, sendo que os demais 65,7% ficaram abaixo do valor declarado. Apesar disso, a maioria dos resultados ainda está dentro da margem de incerteza laboratorial de 1,5%.

Os módulos com a tecnologia BC apresentaram o melhor desempenho geral nos testes de envelhecimento acelerado, seguidos pelos módulos TOPCon e PERC. A exceção foi na resistência ao calor, em que os módulos TOPCon superaram os demais. O estudo alerta, porém, que os custos iniciais diferentes entre as tecnologias dificultam recomendações generalizadas. 

“Projetos solares exigem altos investimentos. Os resultados mostram que pode haver variações de qualidade não apenas entre tecnologias, mas também entre fabricantes. Realizar uma verificação prévia dos módulos ajuda a garantir um planejamento mais seguro e evita prejuízos”, disse o diretor da divisão de produtos solares e comerciais da TÜV Rheinland na América do Sul, Vinícius Gibrail.

Além dos testes de desempenho inicial, a TÜV Rheinland avaliou o comportamento dos diferentes tipos de módulos sob condições extremas, como calor, umidade, picos de tensão, luz solar intensa e radiação UV. O resultado de 2024 representa uma inversão no identificado por testes da TÜV Rheinland em 2015 e 2016, quando 71,7% dos módulos fotovoltaicos apresentaram desempenho superior ao declarado.



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