A Uece - Universidade Estadual do Ceará e a Energia Pecém, controladora de usinas termoelétricas no complexo do Pecém, assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) para executar projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI) voltado para a produção de carvão híbrido a partir da biomassa de coco.
Com previsão de duração de dois anos, o projeto, que será coordenado pelo laboratório de conversão energética e inovação da universidade, contará com investimento inicial de R$ 2,5 milhões da Energia Pecém. A pesquisa também envolverá profissionais, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação vinculados à Uece e ao Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (Idesco).
O foco da parceria para domínio do biocarvão será a avaliação da queima associada com o carvão mineral para a geração de energia. Também faz parte do escopo do projeto o uso do biocarvão produzido a partir de resíduos de esgoto, aí a partir do processamento termoquímico do lodo de estação de tratamento.
O projeto terá doze etapas, envolvendo desde a viabilidade técnica, econômica e ambiental até a tecnologia demonstrada em ambiente operacional nas instalações da usina com a substituição do carvão mineral por carvão sustentável de forma gradativa. “Essa nova tecnologia produzirá combustíveis sólidos mais sustentáveis, que podem reduzir a emissão de CO2 na faixa de 20% a 45% como combustível da usina termoelétrica de Pecém I”, disse o presidente da Energia Pecém, Carlos Baldi.
O Brasil é o maior produtor de coco da América do Sul, com uma produção superior a 2,7 milhões de toneladas do fruto no ano de 2022, sendo o Ceará o líder nacional. São geradas mais de 2 milhões de toneladas de resíduos anualmente. Cerca de 70% do lixo gerado nas praias do Nordeste é composto por cascas de coco verde, material de difícil degradação.
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