O consumo de energia, em quase todos os setores da economia, demonstrou boa recuperação em julho, segundo o índice Comerc, da comercializadora de mesmo nome, que desde 2015 apura o consumo nos 11 principais setores. Destes, dez registraram alta em comparação com o mês anterior, junho, e cinco também tiveram desempenho melhor na comparação com o mesmo período de 2019.

O desempenho em setores industriais foram os mais expressivos, com exceção da siderurgia e metalurgia, que registrou queda de 4,41% em relação a junho, mas que mesmo assim manteve a média histórica. Na comparação com julho de 2019, os cinco setores que registraram alta foram o de manufaturados (13,56%), química (7,01%), materiais de construção (5,79%), alimentos (3,98%) e papel e celulose (2,7%).

Segundo a análise da Comerc, o desempenho desses cinco setores industriais chama a atenção desde o início da pandemia. Vindos de um ano anterior oscilante, eles só tiveram quedas acentuadas em março e abril e logo depois, em maio, passaram a retomar o padrão histórico de consumo.  Para a comercializadora, o desempenho no primeiro semestre do setor de papel e celulose merece destaque, pois mesmo com o recuo de 6,6% na produção nacional de celulose em 2019, a procura em alta por papéis para fins sanitários e embalagens, pela população em isolamento social, elevou a demanda no Brasil e no mundo.

O desempenho do setor de produtos manufaturados é o mais representativo da retomada da produção industrial, que já vem registrando altas consecutivas desde maio. Segundo a CNI - Confederação Nacional da Indústria, a utilização da capacidade instalada aumentou cinco pontos percentuais de junho para julho, atingindo 67%, próximo do nível pré-pandemia, quando estava em 68%. Em abril, o pior mês, o nível de utilização chegou em 49%. A indústria de manufaturados registrou aumento de 11,72% no consumo de energia em relação a junho.

O Índice Comerc Energia é publicado mensalmente e leva em conta o consumo de mais de 2300 unidades da carteira de clientes da comercializadora, pertencentes aproximadamente a 1100 empresas que compram energia elétrica no mercado livre.



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