O governo brasileiro retomou negociações para a volta da importação de energia da usina hidrelétrica de Guri, da Venezuela, para consumo em Roraima. O marco do início das tratativas se deu em encontro no dia 23 de outubro, em Caracas, capital do país vizinho, entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro Del Poder Popular para la Energia Elétrica da Venezuela, Nestor Luis Reverol. 

Para acelerar a importação de energia de UHE de 10,2 GW de potência instalada, que fornece para toda a Venezuela, foi formado um grupo de trabalho entre representantes do MME, do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da empresa responsável pelo setor elétrico da Venezuela. A ideia do GT é verificar os procedimentos e requisitos técnicos a serem cumpridos, além dos acordos operativos. A expectativa é de que em novembro sejam iniciados os testes de carga e transmissão de energia para o Brasil.

Roraima é o único estado brasileiro não ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Uma meta do governo federal, além da segurança energética, é diminuir o impacto ambiental com o uso de usinas termelétricas a diesel utilizadas na região, que, além de poluentes, são mais caras. “Estamos prevendo uma economia de R$ 10 milhões por mês para o consumidor brasileiro ao utilizar menos combustível fóssil”, afirmou o ministro no encontro.

A retomada da importação de energia da Venezuela foi viabilizada por um decreto presidencial assinado em agosto. Atualmente, o Brasil tem intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina e com o Uruguai, além do Paraguai, por meio da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu. Apesar do acordo viabilizado agora, a expectativa é a de que Roraima seja interligada ao SIN até julho de 2025.



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