Está sendo constituído um projeto em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, para produzir hidrogênio verde. A iniciativa envolve as empresas Migratio Soluções, Phama Energias Renováveis e a Torao Participações, que criaram a empresa Begreen para coordenar a iniciativa que prevê o uso de eletrolisador para produzir o H2V,  alimentado por fontes renováveis de energia.

A meta é atender a cadeia de fertilizantes, com a transformação do hidrogênio verde em amônia líquida (NH3), por meio de reação do H2 com nitrogênio captado do ar. Segundo os envolvidos, o investimento total será de R$ 140 milhões, com previsão de tornar a unidade operacional no primeiro semestre de 2026, para produzir 3 milhões de toneladas anuais de amônia verde.

O empreendimento conta ainda com a parceria da Universidade de Passo Fundo, responsável pela produção e por testes em laboratório e em campo. Serão avaliadas várias formulações, dosagens e a aplicações da amônia em culturas diferentes, para entender o real potencial de fertilizantes nitrogenados em solos brasileiros.

Segundo o sócio-diretor da Migratio Soluções, Fabio Saldanha, além da questão ambiental, os fertilizantes à base desse tipo de amônia têm a vantagem de serem produzidos na forma líquida, mais eficazes em relação aos tradicionais granulares, que oxidam facilmente e dependem da chuva para terem resultados eficientes.

A Migratio atua em comercialização, inteligência e soluções na área de energia no mercado livre. A empresa tem meta de desenvolver nos próximos três anos projetos para a geração de energia e amônia verde com investimentos de mais de R$ 200 milhões. No ano de 2022, o grupo registrou faturamento de R$ 186 milhões.



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