O ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico concluiu o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (PAR/PEL 2022) para o horizonte de 2023 a 2027, que avalia o desempenho do Sistema Interligado Nacional (SIN) no período de cinco anos para que a operação futura seja realizada com níveis adequados de segurança.

Para o ciclo analisado, o operador identificou a necessidade de R$ 60,7 bilhões em investimentos, o que representa crescimento de 154% ante o previsto no período anterior (R$ 23,9 bilhões, entre 2022/2026). Desse montante, R$ 55,7 bilhões são referentes a novas obras, especificamente indicadas para o ciclo 2023/2027.

O conjunto de obras inclui a construção de cerca de 16 mil km de novas linhas de transmissão e 34 mil MVA de acréscimo de capacidade de transformação em subestações novas e existentes. Esses empreendimentos representam um acréscimo da ordem de 10% na extensão das linhas de transmissão e de 9% na potência nominal instalada em transformadores da Rede Básica e da Rede Básica de Fronteira, em relação à rede existente.

Parte significativa da necessidade de investimento na rede de transmissão decorre da expansão da geração eólica e solar fotovoltaica na região Nordeste e em Minas Gerais, que requer adequação da infraestrutura para permitir o escoamento dos excedentes energéticos para os demais subsistemas do SIN. Na análise por estados, cinco deles concentram cerca de 80% dos futuros investimentos: Bahia (R$ 13,6 bilhões), Minas Gerais (R$ 13,1 bilhões), Maranhão (R$ 10,3 bilhões), Goiás (R$ 8,5 bilhões) e Piauí (R$ 4 bilhões).

Além da expansão das linhas, outro aspecto abordado no plano de operação foi a capacidade de se realizar o controle de tensão no SIN, tendo em vista diferentes condições de operação, resultantes da variabilidade da carga e da expansão das fontes não despacháveis. Como resultado do estudo de controle de tensão, foram indicados novos equipamentos que representam um montante total da ordem de 5700 Mvar adicionais, necessários para minimizar a abertura de linhas de transmissão e fornecer uma maior flexibilidade para a operação do sistema.

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