A região metropolitana de São Paulo tem potencial para ter 460 MW de potência instalada em usinas de recuperação energética de resíduos urbanos (UREs). A conclusão é de estudo da Abren - Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, que usou como base de cálculo a geração de quase 20 mil toneladas de lixo por dia dos 22 milhões de habitantes de todos os 39 municípios da região.

O potencial seria para ter 23 usinas com 20 MW de potência cada. Seria no mesmo patamar da primeira instalação do tipo que será instalada no Brasil, a URE Barueri, que foi negociada no leilão A-5 do ano passado, da Orizon Valorização de Resíduos, que tem a meta de entrar em operação um ano antes do estipulado, em 2025. Essa usina de 20 MW, que está incluída dentro do potencial calculado pela Abren para a região metropolitana de São Paulo, vai processar 300 mil toneladas por ano de lixo.

Para implementar as 23 usinas, que gerariam 3,7 milhões de MWh/ano, a Abren calcula um investimento total de aproximadamente R$ 16,6 bilhões. Mas, ainda segundo o estudo da associação, os empreendimentos instalados na região para atender a demanda possível têm potencial para gerar uma economia superior a R$ 20 bilhões em 40 anos, considerando-se os benefícios à saúde pública e a mitigação de danos ambientais.

Para o presidente da Abren, Yuri Schmitke, a economia com a instalação das UREs na região seria maior do que o investimento necessário para construí-las. “Se levarmos em conta o que deixaria de ser gasto devido aos benefícios da recuperação energética, as usinas não teriam custo algum. Além disso, esse tipo de empreendimento resolve dois problemas ao mesmo tempo: o de saneamento, por meio da destinação dos resíduos sólidos urbanos, e gera energia para milhões de pessoas, a partir de uma fonte renovável e abundante”, diz.



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