A geração de bioeletricidade para a rede em 2021 foi de 25,4 mil GWh, conforme levantamento da Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar a partir de dados da CCEE, o que representou 4% da geração total do País, sem considerar a produção para o autoconsumo. Nessa conta, estão usinas térmicas com resíduos sucroenergéticos, biogás, lenha, lixívia, resíduos de madeira, capim elefante e casca de arroz.

Do total gerado pela bioeletricidade em 2021, o setor sucroenergético representou 79,5%, seguido pelo licor negro (subproduto da indústria de papel e celulose) com 11,9% e pelo biogás com 4,5%. Em 2021, as usinas sucroenergéticas produziram 20,2 mil GWh, suficiente para atender 10,2 milhões de residências no ano passado, mas representando uma redução de 10,6% em relação ao ano de 2020. 

Ainda segundo o levantamento, nos últimos dez anos, de 2012 a 2021, a produção acumulada de bioeletricidade sucroenergética para a rede foi de 196.867 GWh, que seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do mundo por mais de três dias, da União Europeia por 25 dias, da China por 13 dias, dos Estados Unidos por 18 dias, do Reino Unido por 232 dias, e da Argentina por quase 1 ano e 8 meses.

Para o gerente de bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza, em 2021 a energia da biomassa da cana poupou 14% da energia capaz de ser armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico brasileiro.  “Dos 20.202 GWh gerados para a rede em 2021, 85% foram ofertados entre maio e novembro, o período seco e crítico para o setor elétrico”, diz.



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