O consumo de energia elétrica no Brasil alcançou 70.415 MW médios em outubro, resultado 1,7% menor que o verificado no mesmo mês de 2024, segundo dados da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A marca reflete o comportamento agregado dos dois ambientes de contratação e funciona como indicador relevante da atividade econômica nacional.
No mercado regulado — que atende principalmente residências, pequenos comércios e parte das empresas de médio porte — o consumo somou 40.192 MW médios, queda de 1,9% na comparação anual. Nesse segmento, as distribuidoras locais são responsáveis por adquirir a energia necessária para suprir seus consumidores.
No mercado livre, onde consumidores ligados à alta tensão podem escolher seu fornecedor, o consumo foi de 30.223 MW médios, recuo de 1,4% em relação a outubro do ano anterior. A modalidade segue marcada por maior flexibilidade contratual e previsibilidade de custos, características que têm ampliado sua adesão entre empresas.
Entre os 15 ramos econômicos acompanhados pela CCEE, os maiores declínios vieram de Veículos (-9,9%), Telecomunicações (-7,6%) e Serviços (-7,2%). Em sentido oposto, Extração de Minerais Metálicos (+7,5%), Saneamento (+2,2%) e Manufaturados Diversos (+1,0%) registraram avanço no consumo.
A análise regional mostra que 20 estados tiveram retração no uso de eletricidade em outubro. As maiores quedas ocorreram em Rondônia (-9,4%), Mato Grosso do Sul (-8,6%) e Rio de Janeiro (-8,2%). Já os crescimentos mais expressivos foram observados no Acre (+6,4%), Pará (+5,8%) e Maranhão (+4,7%).
O Pará registrou consumo de 3.439 MW médios, impulsionado tanto pela atividade econômica quanto pela preparação para a COP30, realizada em Belém nas primeiras semanas de novembro. O evento mobilizou infraestrutura e serviços, ampliando a demanda elétrica local.
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