As perdas por restrições operativas voltaram a crescer em outubro de 2025, segundo novo levantamento sobre constrained-off em usinas eólicas e solares da consultoria ePowerbay. Pelo estudo, os cortes somaram 5,6 milhões de MWh no mês, um aumento de 21% em relação a setembro. No acumulado histórico, as perdas atingem 40,75 milhões de MWh, alta de 15,9% no período analisado.
As restrições classificadas como ENE – relacionadas à impossibilidade de alocação da geração na carga – permaneceram como a principal causa dos cortes, representando 45% do total, o equivalente a mais de 18,5 milhões de MWh. As perdas por razão CNF, relativas a requisitos de confiabilidade do sistema, somaram 41%, enquanto as restrições por indisponibilidade externa (REL), que geram ressarcimento via ESS, ficaram em 13%.
No recorte de outubro, a ENE também predominou, respondendo por aproximadamente 2,79 milhões de MWh (50% do total). Já as restrições por CNF representaram 47%, e as por REL, 3%. O relatório destaca que o avanço das limitações energéticas segue pressionando os parques renováveis, mesmo com disponibilidade elevada.
O estudo identifica ainda os principais pontos da rede onde ocorrem os maiores cortes. Subestações como Açu III, João Câmara III, Monte Verde, Janaúba 3, Ourolândia II, Gentio do Ouro II e Morro do Chapéu II acumulam perdas superiores a 1 milhão de MWh desde o início do monitoramento. Esses ativos estão concentrados principalmente no Rio Grande do Norte, Bahia e Minas Gerais.
Os conjuntos de usinas mais afetados também se repetem, com destaque para Janaúba, Serra do Mel A e B, Monte Verde, Caju, Laranjeiras e Arinos 2. Todos registraram perdas acima de 600 mil MWh no acumulado. Os estados com maior perda média no último mês — acima de 20% — foram RN, CE, MG, BA, PI, PE e PB.
Entre os parques eólicos, os 10 conjuntos com maiores perdas percentuais em outubro estão todos localizados no Rio Grande do Norte, ligados às subestações João Câmara III, Açu II, Touros e Polo Guamaré. No caso das usinas solares, os maiores percentuais de corte estão na Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco e Minas Gerais, conectados a nove subestações, incluindo Janaúba 1–Manga 3, Russas II, Tabocas do Brejo Velho e Sol do Sertão.
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