A ISA anunciou a energização parcial do Projeto Piraquê, em Minas Gerais, um dos maiores empreendimentos greenfield atualmente em execução no setor de transmissão. O investimento total previsto pela Aneel é de R$ 3,7 bilhões, em valores de setembro de 2025. O projeto foi arrematado no Leilão nº 01/2022 e tem como foco ampliar o escoamento da energia renovável no norte do estado.
Com a entrega do Bloco 1, a empresa passa a estar apta a receber cerca de 30% da Receita Anual Permitida (RAP) do empreendimento, estimada em R$ 343,1 milhões no ciclo tarifário 2025/2026. A etapa inclui a implantação da Subestação Janaúba 6, a ampliação das subestações Jaíba e Janaúba 3 e a construção de duas linhas de transmissão de 500 kV em circuito duplo, somando 142 quilômetros.
Durante a obra, a companhia utilizou drones para o lançamento de cabos em trechos específicos, reduzindo a necessidade de intervenção na vegetação nativa. A empresa afirma que esse tipo de solução ajuda a mitigar impactos ambientais e acelerar etapas construtivas.
Segundo Dayron Urrego, diretor-executivo de projetos da ISA, a energização marca um avanço relevante para o empreendimento. Ele destaca que a entrada em operação das novas instalações permite o fechamento do anel na subestação Jaíba, contribuindo para reduzir sobrecargas e eliminar a necessidade de esquemas especiais de proteção.
Com 86% de avanço físico, a ISA segue com os Blocos 2 e 3. Essas fases incluem a construção da subestação Capelinha 3, a ampliação da subestação Governador Valadares 6 e a implantação de quatro linhas de transmissão de 500 kV, somando mais de 700 quilômetros de extensão entre Janaúba, Capelinha e Governador Valadares.
No Espírito Santo, o projeto prevê a ampliação das subestações João Neiva 2, Viana 2 e Viana, além da construção de duas linhas: a LT 500 kV João Neiva – Viana 2, de 77 quilômetros, e a LT 345 kV Viana 2 – Viana, de 7 quilômetros. As intervenções integram o escopo total do Projeto Piraquê, que alcança 938 quilômetros de linhas de transmissão nos dois estados.
O empreendimento foi responsável pela geração de 7.307 empregos diretos e indiretos durante sua fase de obras. A Aneel estabeleceu setembro de 2027 como prazo para a energização total do Projeto Piraquê. Até lá, a companhia pretende concluir todas as linhas e subestações previstas no lote e integrar plenamente os novos ativos ao sistema elétrico.
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