Um navio a hidrogênio desenvolvido em projeto brasileiro será apresentado na COP30, em Belém (PA), que acontece de 10 a 21 de novembro. A iniciativa é resultado da parceria entre o Grupo Náutica, a JAQ, a Itaipu Parquetec e a chinesa GWM, que participa por meio da divisão GWM Hidrogênio FTXT.

O Explorer H1, primeira embarcação do projeto, ficará atracado em uma ilha flutuante artificial criada pelo Grupo Náutica. Durante o evento, toda a hotelaria da embarcação — iluminação, climatização, cozinha, lavanderia e sistemas de entretenimento — funcionará com hidrogênio, assegurando zero emissão de carbono.

O espaço também terá um auditório para até 50 pessoas, reforçando o caráter científico e educativo da ação. Para Davi Lopes, head da GWM Hidrogênio FTXT, o evento servirá para demonstrar o potencial do hidrogênio como pilar da transição energética em diferentes modais.

O projeto prevê fases futuras. Em 2026, o Explorer H1 deverá receber propulsão híbrida a hidrogênio, com redução estimada de 80% das emissões. Já em 2027 está prevista a entrada em operação do Explorer H2, que contará com sistema próprio de produção de hidrogênio a bordo, alcançando autossuficiência energética.

Segundo Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica e do Projeto JAQ Hidrogênio, a iniciativa busca mostrar que a indústria náutica pode ser parte da solução para a descarbonização. Ele destacou que o objetivo é navegar sem poluir e contribuir para a preservação dos biomas brasileiros.

A coordenadora-geral do projeto, Louise Pimentel, afirmou que a escolha de fornecedores considera critérios de sustentabilidade, desde a origem dos materiais até a redução efetiva das emissões. O propósito, segundo ela, é que o projeto seja exemplo de responsabilidade ambiental em todas as etapas.



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