O Brasil alcançou 16.880 pontos públicos e semipúblicos de recarga de veículos elétricos em agosto, segundo levantamento da Tupi Mobilidade em parceria com a ABVE. O número representa crescimento de 14% em relação a fevereiro, quando havia 14.827 eletropostos instalados. O destaque foi a expansão dos carregadores rápidos (DC), que subiram 59% no período.

O levantamento mostra que 77% da rede é composta por carregadores lentos (AC), enquanto 23% são rápidos. Em seis meses, os eletropostos rápidos passaram de 2.430 para 3.855, enquanto os lentos avançaram de 12.397 para 13.025. Para Davi Bertoncello, diretor de comunicação da ABVE e fundador da Tupi Mobilidade, a tendência reflete a queda de custos e a maior demanda por recargas de longa distância.

A frota de veículos elétricos plug-in (BEV e PHEV) no país somava 302.225 unidades até agosto, de acordo com a ABVE Data. Do total, 44,5% (134.592) são totalmente elétricos (BEV), dependentes da infraestrutura de recarga, e 55,5% (167.633) são híbridos plug-in (PHEV), com dependência parcial. A relação atual é de 18 veículos por eletroposto.

No recorte geográfico, 1.499 municípios brasileiros já contam com pontos de recarga, alta de 10% frente a fevereiro. O Norte registrou a maior evolução relativa, com aumento de 31,9% no número de cidades atendidas, enquanto o Sudeste manteve a maior rede instalada, com 8.035 pontos.

Em volume de pontos, o crescimento foi de 62,2% no Norte (254 para 412), 25,8% no Nordeste (615 novos), 24,4% no Centro-Oeste, 7,5% no Sudeste (606 novos) e 10,2% no Sul (352 novos). A expansão tem ocorrido tanto na ampliação territorial quanto no reforço de infraestrutura já existente.

Segundo Bertoncello, os dados indicam uma mudança estrutural. “O crescimento de 59% nos carregadores rápidos em seis meses mostra que o mercado já escolheu acelerar. Hoje, um operador de rede faz dez vezes mais com o mesmo investimento de cinco anos atrás”, afirmou.

O executivo avalia, no entanto, que os carregadores lentos enfrentam obstáculos, sobretudo pela indefinição regulatória. Ele cita a espera pela norma da Ligabom (Conselho Nacional dos Comandantes de Bombeiros), que deve tratar da segurança em recargas em edifícios residenciais e comerciais.



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