As restrições operacionais à geração de parques eólicos e solares no Brasil — conhecidas como constrained-off — acumularam cerca de 22,55 milhões de MWh até julho de 2025, segundo levantamento da consultoria ePowerBay. O volume representa crescimento de 13,5% em relação ao registrado no mês anterior.
No acumulado do período, a maior parcela das perdas foi causada por requisitos de confiabilidade elétrica (CNF), com 42% do total, equivalentes a mais de 9,5 milhões de MWh. As restrições por razões energéticas (ENE) já respondem por 39% e têm apresentado o maior ritmo de crescimento. Indisponibilidades externas do sistema elétrico (REL), como falhas em linhas de transmissão e subestações, responderam por cerca de 19% das perdas e são ressarcidas via Encargos de Serviço do Sistema (ESS).
Somente em julho, as perdas chegaram a 2,69 milhões de MWh, um aumento de 38% em relação aos 1,95 milhão de MWh de junho. No mês, as restrições por razão energética predominaram, totalizando 1,55 milhão de MWh (58% do total), seguidas por CNF (36%) e REL (6%).
O estudo destaca que as maiores restrições ocorreram em subestações do Rio Grande do Norte, com cortes superiores a 1 milhão de MWh nas SEs Açu III, João Câmara III e Monte Verde. Essas instalações concentram 26 conjuntos geradores, pertencentes a 15 diferentes proprietários.
Entre os conjuntos mais impactados desde o início da série estão Janaúba (MG), Serra do Mel A e B, Monte Verde, Caju e Serra do Mel II A, todos com perdas superiores a 400 mil MWh. Em termos percentuais, os maiores cortes ocorreram em empreendimentos conectados às subestações Barreiras II, Tabocas do Brejo Velho, Açu III, Bom Jesus da Lapa e Curral Novo do Piauí II.
De acordo com o Plano Mensal de Operação (PMO) do ONS, o limite de exportação de energia do Nordeste — que integra os fluxos FNEN e FNESE — está atualmente fixado em 13.800 MW, fator que influencia diretamente o volume de restrições aplicadas a empreendimentos da região.
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