O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO), divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a semana operativa de 26 de julho a 1º de agosto, apresenta as primeiras estimativas para o desempenho energético do mês. Todos os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN) devem encerrar agosto com níveis de armazenamento acima de 50%, mesmo diante de projeções de afluências abaixo da média histórica.
A Região Norte tem a melhor previsão de Energia Armazenada (EAR), com estimativa de 90,8% ao final de agosto. Na sequência, aparecem o Sul, com 78,4%; o Nordeste, com 60,9%; e o Sudeste/Centro-Oeste, com 59,4%. A estabilidade nos reservatórios tem garantido a operação do sistema sem riscos de suprimento e com prioridade para a preservação dos recursos hídricos.
Por outro lado, a estimativa da Energia Natural Afluente (ENA) para o mês está abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todas as regiões. A projeção mais baixa é para o Nordeste, com 47% da MLT. O Norte deve alcançar 65%, enquanto o Sul e o Sudeste/Centro-Oeste devem atingir, respectivamente, 82% e 76% da MLT.
Em relação à demanda, a carga prevista para o Sistema Interligado Nacional em agosto é de 76.809 MW médios, representando queda de 0,6% em relação ao mesmo mês de 2024. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve recuar 2,7%, enquanto o Sul, Norte e Nordeste devem registrar avanços de 3,5%, 2,4% e 0,3%, respectivamente.
A geração hidráulica segue como a principal fonte, com fator de produção elevado. A participação térmica deve se manter em patamar reduzido, impulsionada por usinas com inflexibilidade operativa. O volume estimado de geração térmica para a próxima semana é de 2.752 MW médios, sendo 70% provenientes de usinas por inflexibilidade.
O Custo Marginal de Operação (CMO) permanece uniforme em todos os subsistemas, com valor de R$ 315,08/MWh. Esse patamar reflete o equilíbrio entre oferta e demanda de energia, mesmo com afluências reduzidas, e mantém o despacho econômico em níveis compatíveis com a política operativa do ONS.
A previsão hidrológica para o início de agosto indica manutenção do padrão seco típico da estação, com chuvas esparsas e volumes de precipitação abaixo da média, sobretudo nas bacias do Tocantins e São Francisco. O ONS seguirá monitorando as condições climáticas para avaliar eventuais impactos operacionais e revisar projeções semanais.
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