O Brasil segue entre os países com menores custos de geração de energia renovável do mundo, conforme o relatório “Renewable Power Generation Costs in 2024”, publicado nesta semana pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). A publicação aponta que o custo nivelado de eletricidade (LCOE, na sigla em inglês) da geração eólica onshore no Brasil foi de apenas US$ 0,030/kWh no ano passado, inferior à média global de US$ 0,034/kWh.
A energia solar fotovoltaica também apresentou forte competitividade no País. Embora os dados específicos do Brasil para essa fonte não estejam discriminados no sumário executivo, o relatório destaca a continuidade da queda nos custos globais e a consolidação da energia solar como uma das fontes mais baratas. Em 2024, o LCOE global médio da fonte ficou em US$ 0,043/kWh.
Entre os fatores que mantêm o Brasil competitivo estão a maturidade dos mercados eólico e solar, além de bons recursos naturais e escala de projetos. A Irena destaca ainda que o País está entre os líderes mundiais na expansão da capacidade instalada renovável, junto com China, Índia, Estados Unidos e Alemanha.
Globalmente, 91% dos novos projetos renováveis de grande porte comissionados em 2024 apresentaram custos inferiores ao da opção fóssil mais barata. O crescimento das adições de capacidade renovável atingiu 582 GW, um recorde histórico, puxado principalmente pela energia solar, responsável por 452 GW do total.
Apesar da maturidade e da competitividade, o relatório da Irena alerta para riscos de curto prazo que podem impactar a trajetória de queda de custos, como tensões geopolíticas, gargalos logísticos e barreiras comerciais. A disponibilidade de financiamento também é uma preocupação em mercados com restrições de capital.
Por outro lado, o avanço de tecnologias de apoio, como baterias e digitalização, vem melhorando a integração das fontes variáveis à rede elétrica. A queda de 93% nos custos de armazenamento em baterias desde 2010 é um dos destaques do relatório. A agência estima ainda que os projetos renováveis evitaram em 2024 um gasto de US$ 467 bilhões em combustíveis fósseis globalmente.
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