A empresa Telite, fabricante de telhas feitas com polietileno reciclado, vai começar o teste em escala real, entre agosto e setembro, de uma tecnologia para geração solar fotovoltaica que utiliza grafeno em sua composição. Segundo o diretor da empresa, Leonardo Retto, o sistema utiliza pastilhas de 3,8 cm da substância, que ainda contêm outros itens na formulação patenteada, como eletrólitos e vidros condutores. O grafeno, tradicionalmente utilizado para revestimento de vidros de módulos, é composto de átomos de carbono puros, sendo que um átomo de espessura é cerca de 200 vezes mais resistente do que o aço, com densidade semelhante à da fibra de carbono e cinco vezes mais leve do que o alumínio.

A tecnologia agora disponível, segundo Retto, se baseia no acoplamento das pastilhas nas telhas de 1,90 x 1,10 m. Essa composição faz com que cada telha, diz o diretor da empresa, tenha capacidade para gerar 30 kWh por mês. Por ser hidrofílico, o grafeno também permite geração potencializada mesmo com chuva. Com essa capacidade, continua Retto, é possível abastecer uma residência média com quatro telhas. A expectativa é ter a tecnologia disponível para comercialização em fevereiro de 2022, depois da obtenção de certificação do Inmetro e da Aneel, com preço médio de R$ 150 por telha, disse o executivo.

O desenvolvimento, de acordo com Retto, é resultado da participação de pesquisadores de universidades federais envolvidos com o tema. A Telite, localizada em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, também está testando no momento a produção das telhas, segundo o diretor, realizada pelo processo de extrusão de chapas e termoformagem, com compostos (masterbatches) de polímeros reciclados de polietileno misturados com a composição fotovoltaica com grafeno.



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