A catarinense TopMed, especializada em saúde digital, acaba de lançar um relatório inédito que mensura o impacto ambiental positivo dos atendimentos realizados por meio de suas plataformas de telemedicina e telessaúde. A empresa é a primeira do setor a adotar uma metodologia auditável para calcular a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) decorrente da digitalização dos serviços de saúde.

O estudo, conduzido em parceria com a CompenSAS, empresa especializada em gestão de emissões e sustentabilidade corporativa, é alinhado aos compromissos da TopMed como signatária do Pacto Global da ONU – Rede Brasil e do movimento ODS Santa Catarina. A estratégia é coordenada pelo Comitê ESG da companhia e foca em quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Saúde e Bem-Estar, Igualdade de Gênero, Ação contra a Mudança Global do Clima e Paz, Justiça e Instituições Eficazes.

De acordo com o relatório, os atendimentos digitais realizados em 2024 evitaram o deslocamento de cerca de 5,06 milhões de milhas, o que corresponde à redução de 537,33 toneladas de CO₂ — o mesmo que plantar mais de 65 mil árvores em um ano. Os dados referem-se a 262.985 atendimentos auditáveis realizados em 814 municípios brasileiros, por 577 profissionais em 33 especialidades, sendo as principais Clínica Geral (88%), Estratégia da Saúde da Família (3%) e Neurologia (2%).

Esses resultados representam apenas parte da atuação da TopMed, que totalizou mais de 1,2 milhão de atendimentos no ano passado. A metodologia utilizada segue os critérios do GHG Protocol, padrão internacional para contabilização de emissões, conferindo transparência e confiabilidade aos resultados.

O relatório ressalta um tema ainda pouco debatido: as emissões associadas ao deslocamento de pacientes. No Brasil, segundo o IBGE, a população percorre, em média, 72 km para obter atendimento, podendo alcançar 155 km em casos especializados. Com mais de 2,8 bilhões de procedimentos realizados anualmente pelo SUS, o transporte de pacientes constitui um fator relevante nas emissões de GEE no país.

Ao reduzir a necessidade de deslocamento, especialmente em regiões com infraestrutura precária, a telessaúde se mostra uma alternativa ambientalmente eficiente e segura, ampliando o acesso à saúde ao mesmo tempo em que mitiga impactos ambientais.

Entre os próximos passos, a TopMed pretende integrar seus sistemas ao dashboard da CompenSAS, aprimorando a rastreabilidade das informações ambientais e expandindo sua atuação em especialidades com menor cobertura presencial — o que tende a ampliar ainda mais os benefícios da telessaúde.



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