A Assembleia Legislativa de Goiás aprovou o PL 15/2025, que cria a Política Estadual de Fomento à Inovação em Inteligência Artificial (IA). Goiás possui iniciativas como o Hub Goiás e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial. “Não vamos perder tempo. Enquanto o governo federal ainda debate caminhos, Goiás está saindo na frente. Estamos trabalhando para consolidar nosso estado como um polo nacional e internacional de Inteligência Artificial”, afirmou o governador Ronaldo Caiado.
A iniciativa vai beneficiar os setores público e privado, fortalecendo o apoio técnico e financeiro a programas voltados ao agronegócio, indústria 4.0 e saúde, entre outros. “O projeto garante apoio técnico e financeiro a universidades, centros de pesquisa e startups. Teremos infraestrutura digital compartilhada, segurança jurídica e um ambiente propício para que as melhores ideias floresçam”, projeta Caiado.
Entre os pontos previstos está a inclusão de disciplinas de IA no currículo escolar das unidades estaduais, além de parcerias com o Sistema S para formação de profissionais especializados. Na capital, que já possui o Hub Goiás, que apoia e fomenta startups e negócios de base tecnológica, será criado também um Centro Estadual de Computação Aberta e IA, com modernos data centers, alimentados por fontes energéticas sustentáveis.
Para reconhecer os melhores projetos, o governo estabelece o Prêmio Anual Goiás Aberto para Inteligência Artificial. Outra novidade será o Sandbox Estadual Permanente de IA, um ambiente controlado para experimentação. No serviço público, a meta é utilizar softwares abertos para as contratações, aprimorando os fluxos internos e diminuindo a burocracia.
O desenvolvimento da nova política estadual levou cerca de um ano, período em que empresas, universidades e cientistas foram consultados, além de especialistas de renome na área. Um deles é o professor, pesquisador e especialista em tecnologia e mídia, Ronaldo Lemos, conhecido por seu trabalho no desenvolvimento do Marco Civil da Internet.
Nas pesquisas que culminaram no projeto, ele destacou que a legislação estadual deve superar o projeto de lei em tramitação no Congresso para regulamentação da IA. Nesse sentido, algumas das diferenças listadas são que o texto nacional apenas protege o Brasil dos riscos advindos da tecnologia, sem incentivo específico à IA aberta ou integração ao sistema educacional.
De 2019 a 2024, o Estado investiu R$ 689,7 milhões em ciência, tecnologia e inovação, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Fapeg – Fundação de Amparo à Pesquisa. Um desses investimentos criou, em 2019, o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), ligado à UFG – Universidade Federal de Goiás, fomentado dentro da política de centros de excelência do Governo de Goiás, recebendo recursos estaduais.
O Ceia, que abriga o primeiro Centro de Competências em Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais (AKCIT, sigla em inglês para Advanced Knowledge Center for Immersive Technologies, nome oficial do centro) do país, já ultrapassou a marca de R$ 300 milhões em investimentos captados e oferece soluções para órgãos públicos, empresas privadas e entidades internacionais. Já o Hub Goiás, primeiro centro público de excelência em empreendedorismo da região Centro-Oeste, foi inaugurado em 2023 e já apoiou a criação e a aceleração de 160 startups e empresas de base tecnológica, sendo um dos maiores distritos de inovação do país.
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A proteção contra incêndios em data centers é um tema crucial para a segurança e continuidade operacional de empresas que dependem desses ambientes críticos. Um incêndio em um data center pode resultar em consequências devastadoras, incluindo a destruição de ativos e infraestrutura, grandes prejuízos financeiros, danos à imagem e credibilidade da empresa, além de possíveis ações de indenização por prejuízos a terceiros.
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