O Programa Novo Rio Pinheiros já está garantindo a melhora da oxigenação e redução da matéria orgânica nas águas, segundo dados de janeiro da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. Dos 13 pontos de monitoramento do rio, 11 apresentaram o chamado DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio abaixo de 30 mg/L, quantidade mínima para que a água não tenha odor, melhore a turbidez e permita vida aquática. 

Os pontos que registraram a melhor qualidade estão próximos às pontes Eusébio Matoso e Jaguaré, na Zona Oeste da capital paulista. Em seguida estão os trechos das pontes Cidade Universitária, Nova Morumbi e Socorro. 

Desde 2019, é realizada uma grande ação de saneamento básico para reduzir o esgoto lançado nos afluentes do Pinheiros: até agora mais de 554 mil imóveis já foram conectados à rede de esgoto, evitando que a carga orgânica desses locais chegasse ao rio. Paralelamente, já foram removidas também mais de 62.753 toneladas de lixo entre garrafas pet, bicicletas, pneus e plásticos que são jogados nas águas de diversas formas. Ainda há o trabalho de desassoreamento, que já removeu mais 687.456 m3 de sedimentos do fundo do rio.

Em nova etapa do programa estão sendo construídas unidades de recuperação (URs) da qualidade das águas, que ajudarão ainda mais a reduzir o esgoto que chega ao rio proveniente, principalmente, de áreas informais e/ou locais onde não há viabilidade para passagem dos coletores de carga orgânica. Serão cinco URs instaladas próximo aos córregos: Jaguaré, Pirajussara, Antonico, Cachoeira e Água Espraiada. As obras devem ser concluídas até o segundo semestre de 2022 e irão retirar 1560 L/s de esgoto. 

As medições de esgoto doméstico que chegam por meio de afluentes ao Pinheiros também tiveram redução de 45 para 26 toneladas/dia. Com menos carga orgânica no Pinheiros, o volume de esgoto carregado para a represa Billings e o Tietê também diminui. 

A partir de 2020, com o programa de despoluição, a Cetesb ampliou o número de afluentes monitorados de seis para 18. Se considerarmos apenas as cargas orgânicas dos seis principais afluentes, os valores médios ficaram em 38 no ano de 2019, 39 em 2020 e 21 toneladas/dia em 2021, respectivamente. 



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