Uma nova fábrica de fertilizantes nitrogenados da Atlas Agro, em Uberaba (MG), prometida para ser construída a partir de 2024 com conclusão das obras em 2027, vai utilizar como principal intermediário da produção a amônia verde produzida a partir de hidrogênio obtido por processo de eletrólise alimentada por energia solar e eólica. A consultoria Cela já foi contratada para prospectar e selecionar fornecedores de energia renovável para a planta.

O investimento na unidade de fertilizantes zero carbono será de aproximadamente US$ 850 milhões e faz parte de plano estratégico da Atlas Agro de ser pioneira na descarbonização da indústria de fertilizantes no Brasil. A ideia é construir de sete a nove fábricas nos mesmos moldes da programada para Uberaba. A empresa está com um projeto também nos Estados Unidos, que entrou em fase de projeto de engenharia em abril.

A fábrica de Uberaba terá capacidade de produção para 500 mil toneladas por ano de fertilizantes e já conta com cartas de interesse de compra assinadas com clientes locais interessados nos fertilizantes zero carbono. Além de o Brasil importar mais de 85% dos fertilizantes consumidos, todos eles são produzidos a partir de amônia com origem fóssil, cujo hidrogênio é obtido pela reforma a vapor do gás natural. Esse fertilizante de fonte fóssil emite mais do que 1 tCO2eq por tonelada produzida, enquanto os obtidos com hidrogênio verde são livres da emissão de carbono.



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