Os preços dos módulos fotovoltaicos solares subiram 18% desde o início do ano, depois de caírem ao longo dos últimos anos 90% em relação à década anterior, segundo informou a BNEF – Bloomberg New Energy Finance ao portal Bloomberg Quint. A reversão de preços foi provocada principalmente pela quadruplicação no custo da principal matéria-prima dos módulos, o polissilício.

O preço elevado começa inclusive a afetar vários projetos, provocando atrasos nos cronogramas. Grandes fabricantes de painéis, como a Canadian Solar, anunciaram adiamentos em encomendas e, no caso específico da Índia, cerca de 10 GW em projetos devem ser impactados, o equivalente a mais de um quarto da capacidade atual do país.

Na China, o principal mercado solar, o aumento dos preços deve forçar grandes empresas estatais de energia a empurrar projetos para o próximo ano, de acordo com análise do portal Solarzoom. De forma geral, os atrasos podem ser grandes o suficiente para fazer de 2021 o primeiro ano de queda nas novas instalações solares globais em 17 anos, ainda segundo a análise da Solarzoom.

O alto preço do polissilício se explica pelo descasamento entre sua produção e o grande crescimento na demanda pelos módulos. Como os fabricantes não conseguiram acompanhar o ritmo do mercado, os preços do polissilício atingiram US$ 25,88 o quilo, contra menos do que US$ 6,19 registrado há um ano, de acordo com levantamento citado, da PVInsights. E a expectativa é a de que os preços continuem altos até o final de 2022.

Mas, além do preço do polissilício, a indústria solar tem enfrentado desafios generalizados de custo da cadeia de suprimentos a montante. A elevação nos preços do aço, alumínio e cobre também afetaram o custo dos painéis.



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