A Neoenergia anunciou investimento de R$ 350 milhões no projeto Noronha Verde, que marca o início da transição energética completa do arquipélago de Fernando de Noronha. O projeto prevê a instalação de mais de 30 mil módulos solares fotovoltaicos integrados a sistemas de armazenamento em baterias (BESS), com o objetivo de eliminar o uso de combustíveis fósseis na geração de energia da ilha até 2027.

O Noronha Verde inclui a construção de uma nova usina solar fotovoltaica e a integração de sistemas de baterias com a usina solar flutuante existente no Açude do Xaréu. A tecnologia permitirá armazenar a energia gerada durante o dia para uso noturno, reduzindo a necessidade de transporte e queima de combustível fóssil.

Com a conclusão do projeto, estima-se evitar o consumo anual de 8,6 milhões de litros de óleo diesel, com reflexos diretos na redução das emissões de CO₂ e nos custos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que subsidia a geração em sistemas isolados.

O empreendimento da distribuidora pernambucana segue as diretrizes do Planejamento dos Sistemas Isolados (Sisol), coordenado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e foi autorizado pela Portaria MME nº 818/2024, que prevê a expansão da geração renovável na ilha de forma integrada ao parque existente. O licenciamento ambiental está sob responsabilidade da Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), com anuência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo o cronograma, a implantação ocorrerá em duas fases: a primeira, em 2026, com entrada parcial de cerca de 16% da capacidade instalada, e a segunda, em 2027, com a operação plena da planta solar e do sistema de armazenamento.



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