A Scatec, empresa norueguesa de energias renováveis, obteve altas taxas de reciclagem de módulos solares danificados em projetos próprios no Brasil e na África do Sul. No país africano, o reaproveitamento chegou a 95%, enquanto no Brasil atingiu 85%, em um processo que, segundo a empresa, servirá de referência para as demais operações globais da companhia.

No Brasil, a ação envolveu o reprocessamento de 4,7 mil módulos solares provenientes da construção da usina de Mendubim, no Rio Grande do Norte. As placas foram transportadas para São Paulo, onde passaram por reciclagem conduzida pela startup SunR. Segundo a empresa, o trabalho evitou o envio de 420 metros cúbicos de resíduos a aterros sanitários e impediu a emissão de 84,7 toneladas de CO₂ equivalente, com recuperação de 80% do peso total dos materiais.

A SunR utiliza um método de separação física de materiais, permitindo a recuperação de vidro, alumínio, cobre, prata e chumbo, que são reinseridos na cadeia produtiva industrial. O projeto resultou de uma parceria de pesquisa conduzida pela Scatec e servirá de base para novos processos em usinas da empresa, incluindo Rio Urucuia (MG), atualmente em construção.

Na África do Sul, a Scatec firmou parceria com a empresa eWasteAfrica para reciclar equipamentos fotovoltaicos em plantas com mais de duas décadas de operação. O programa já tratou 151 toneladas de materiais, incluindo 6 mil módulos solares, e utiliza tecnologias capazes de recuperar 95% dos componentes, com meta de atingir 99% após novos investimentos.



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