A China está começando a reduzir seus subsídios para projetos de energia renovável, principalmente solar e eólica, após anos em que essa política de incentivos fez o país se tornar líder mundial na geração dessas duas fontes. Apenas em solar, a potência instalada hoje chega a 887 GW, quase cinco vezes a capacidade instalada do segundo colocado, os Estados Unidos (179 GW). Em eólica, o país asiático soma 521 GW, contra 145 GW dos EUA, também o segundo maior.

Segundo noticiado pela agência Reuters, o departamento de planejamento econômico do país, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC, na sigla em inglês), está tomando medidas para diminuir os subsídios que vinha dando nos últimos anos aos geradores, na forma de um apoio governamental para garantir preços especiais de compra de energia renovável injetada na rede pública.

Em comunicado, a NDRC alega, para a mudança de rumo, que “o custo do desenvolvimento de novas energias caiu significativamente em comparação com os estágios anteriores”. Além disso, a falta de necessidade de continuar a política subsidiada tem a ver com o fato de o país já ter atingido, seis anos antes, sua meta de descarbonização energética para 2030. Na atualidade, mais de 40% de sua capacidade total de geração de energia é de fontes renováveis.

Com a nova orientação, a agência de planejamento estatal afirma que projetos concluídos após junho deste ano passarão a enfrentar pagamentos por energia com base em “licitações baseadas no mercado”. Em complemento, a NDRC afirma ainda na nota que a expectativa com a nova política é não haver impacto no preço da energia para consumidores residenciais e agrícolas e que, para os setores industrial e comercial, as tarifas devem ser "basicamente as mesmas".



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