O consumo de energia para operações digitais no mundo, incluindo datacenters, criptomoedas e inteligência artificial, está crescendo de forma acelerada, segundo relatório da Agência Intenacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Pelo último dado apurado, essas atividades demandaram 460 TWh em 2022, o que corresponde a quase 2% do total consumido pelo mundo em eletricidade.

Para a agência, a demanda deve ser ainda maior nos próximos anos, a depender do ritmo de implantação, das melhorias de eficiência energética e das tendências de inteligência artificial e de criptomoedas. Por causa dessas variáveis, que podem ser positivas ou negativas, a estimativa é a de que o consumo suba para algo entre 620 TWh e 1.050 TWh em 2026. Na média mais provável, porém, a IEA aposta em demanda um pouco maior do que 800 TWh, mesmo assim quase o dobro do registrado em 2022. Isso corresponde a um adicional de 160 TWh até 590 TWh de demanda de eletricidade em 2026, “o equivalente a adicionar pelo menos o consumo total de uma Suécia ou, no máximo, a uma Alemanha”, aponta relatório.

Maiores responsáveis pelo consumo elevado são os datacenters. Há atualmente 8 mil dessas centrais de processamento e armazenamento de dados no mundo, segundo a IEA. Desse total, cerca de 33% estão nos Estados Unidos, 16% na Europa e perto de 10% na China. Para o relatório, a expectativa é que o consumo de eletricidade de datacenters norte-americanos cresça em um ritmo rápido nos próximos anos, aumentando de cerca de 200 TWh em 2022 (4% da demanda de eletricidade dos EUA) para quase 260 TWh em 2026, representando 6% da demanda total de eletricidade.

Segundo a agência, os datacenters são a parte crítica da infraestrutura que suporta a digitalização. A quantidade cada vez maior de dados digitais exige uma expansão e evolução dos datacenters para processá-los e armazená-los. A demanda de eletricidade nesses locais se dá principalmente em dois processos: a computação responde por 40% da demanda e os requisitos de resfriamento para alcançar eficiência de processamento outros 40%. Os restantes 20% provêm de outros equipamentos associados.



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