O ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico apontou em relatório que a principal causa identificada no evento do “apagão” de 15 de agosto foi o desempenho dos equipamentos de controle de tensão em campo de parques eólicos e solares fotovoltaicos, no perímetro da linha de transmissão Quixadá-Fortaleza II, no Ceará.

Os dispositivos das usinas, segundo o Relatório de Análise de Perturbação (RAP), deveriam compensar automaticamente a queda de tensão decorrente da abertura da linha de transmissão. Mas o desempenho no momento da ocorrência ficou aquém do previsto nos modelos matemáticos fornecidos pelos agentes e testados em simulações pelo ONS.

No documento, constam ainda providências a serem tomadas pelos 122 agentes e para os geradores eólicos e fotovoltaicos. Ao todo, foram centenas de apontamentos que os agentes e o ONS terão de implementar até julho de 2024. As providências vão desde ajustes em proteções, passando por problemas na comunicação com os agentes no momento da recomposição até a validação dos modelos matemáticos de todos os geradores.

No RAP também estão elencadas providências que já foram tomadas. Entre elas, a adaptação da base de dados oficial para representar a performance dos parques eólicos e fotovoltaicos tal como observada em campo durante a perturbação, de modo a utilizá-la nos estudos de caráter operativo. O ONS ainda implementou novos limites de intercâmbios e medidas operativas na região Nordeste, visando garantir a segurança operativa do SIN.

O documento, com as principais conclusões do ONS, faz parte das etapas e ritos de elaboração do relatório final que estará pronto até o dia 17 de outubro – de acordo com o prazo regulamentar de 45 dias úteis. Nesta etapa de agora, os agentes irão se manifestar, fazendo suas contribuições no relatório.



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