O valor do PLD mínimo deve cair dos atuais R$ 69,04 por MWh para R$ 62,63 em 2024, segundo simulação realizada pela Ampere Consultoria. A oscilação se deve principalmente aos impactos da redução da inflação nos Estados Unidos e da valorização do real em relação ao dólar.

A simulação se baseou na Tarifa de Otimização de Itaipu (TEO-Itaipu), que historicamente tem sido mais elevada que a TEO das outras usinas e, consequentemente, a usada para o estabelecimento do indicador. Essa tarifa é definida considerando a fórmula da multiplicação do custo variável incorrido por Itaipu na produção da energia entregue ao Brasil e a média geométrica da taxa de câmbio do dólar americano em relação ao real.

Nos cálculos, foram adotadas como premissas uma taxa média de câmbio de R$ 5,00 por dólar no ano de 2023 e que a inflação média dos EUA fique em 3,8% entre agosto de 2022 e julho de 2023 contra os 14,6% usados no cálculo do PLDMin deste ano.

Outra variante adotada pela simulação foi o volume de energia cedido pelo Paraguai. Nos cálculos, a Ampere considerou o mesmo porcentual aplicado na definição do preço deste ano, de 37,14%. O valor definitivo deve ser apresentado pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar) apenas em novembro e tem entre suas incógnitas o montante previsto de geração de energia de Itaipu no ano seguinte. 

Os cálculos foram feitos com base na metodologia vigente adotada pela Aneel para a definição do preço. “A expectativa é que essa metodologia seja alvo de discussões promovidas pela Aneel ainda neste ano. Todavia, dados os impactos financeiros que poderiam incorrer aos agentes em decorrência da aplicação de uma mudança tão relevante no cenário atual, a expectativa é que eventuais modificações tenham efeitos apenas a partir de 2025”, disse o consultor da Ampere, Guilherme Ramalho de Oliveira. 



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