Pesquisadores do centro de pesquisa nacional Lactec, de Curitiba (PR), desenvolveram um robô para rotinas de inspeção e de monitoramento em subestações de extra alta tensão (500 kV). Dotados de sistemas de inteligência artificial, o robô, batizado de LacBot, pode realizar as atividades de forma autônoma ou teleoperada, a partir de um centro de controle, identificando situações anormais e necessidades de intervenções para manutenção. 

O sistema é equipado com câmeras termográfica e visível, para captar imagens em alta definição, em 360 graus, e outros dispositivos para medição de umidade, temperatura ambiente e de ruídos sonoros, para indicar anormalidades nas condições de operação dos equipamentos da subestação. Além da integração dos elementos eletrônicos e elétricos presentes no robô, os pesquisadores do Lactec também desenvolveram uma estação base para o robô recarregar as baterias quando não está executando tarefas. 

Segundo o Lactec, a aplicação de um robô terrestre móvel, além de aprimorar os processos de operação, monitoramento e manutenção de sistemas elétricos de potência, visa reduzir a exposição dos operadores aos riscos do ambiente de uma subestação de energia.  O robô em desenvolvimento é capaz de operar em terreno irregular e desviar de obstáculos, executando rotas pré-agendadas ou sob demanda, para realizar o monitoramento termográfico, visível e sonoro dos diversos equipamentos existentes no pátio da subestação. 

Os dados obtidos são transmitidos a um operador remoto, responsável por realizar a análise das imagens e identificar eventuais anormalidades nos equipamentos. As inspeções de rotina são necessárias mesmo em subestações teleassistidas. Com a utilização do sistema robotizado de monitoramento, reduz-se a necessidade de deslocamento do eletricista até as subestações, que geralmente ficam em locais remotos e difícil acesso. 

 O projeto, realizado no âmbito do P&D Aneel, é financiado em cooperação pelas empresas Matrinchã e Guaraciaba Transmissora de Energia - controladas pela State Grid Brazil e Copel - e pela Paranaíba Transmissora de Energia e Luziânia-Niquelândia Transmissora de Energia, nas quais Furnas também integra a sociedade junto das duas empresas já mencionadas.  O projeto está na fase final de desenvolvimento do protótipo experimental para testes e ajustes na integração das tecnologias. A expectativa é que o projeto avance para a etapa de cabeça de série para promover melhorias no protótipo, aperfeiçoar as atividades já executadas pelo robô e adicionar novas funcionalidades. 



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