O estudo da Wood Mackenzie prevê que a demanda nos EUA diminua em 30% até o final deste ano em relação a 2019. As vendas de todos os carros na China já tinham caído 80% em relação a 2019, mas as de veículos elétricos, que representam 5% do mercado chinês, caíram 90%.

A maioria dos novos compradores de veículos elétricos ainda serão proprietários pela primeira vez dessa tecnologia, e a incerteza criada pela epidemia tornou esses consumidores menos inclinados a essa migração. Uma vez que a epidemia esteja contida na China, os consumidores devem retornar reafirmar sua confiança nos elétricos, diz a consultoria.

Já na Europa as vendas de veículos elétricos tiveram aumento de 121% em janeiro, em contraste com a redução de 7% no mercado de veículos em geral, e essa tendência persistiu em fevereiro. “No entanto, o primeiro caso de coronavírus só foi relatado na região no final de janeiro. A taxa de infecção deve atingir o pico na Europa e na América do Norte no final do primeiro semestre de 2020, e portanto os números de janeiro e fevereiro ainda não refletem o impacto da epidemia nas duas regiões”, disse Ram Chandrasekaran, analista principal da Wood Mackenzie.

O primeiro bloqueio nos EUA começou em 20 de março e sues efeitos já começaram a aparecer nas vendas de carros elétricos. A General Motors já está oferecendo um desconto de US$ 10 mil em um de seus modelos, e outros descontos são esperados para reduzir o estoque causado pela redução da demanda. Montadoras tradicionais que entraram no mercado de elétricos, como Ford, GM e Volkswagen, e haviam anunciado novos modelos para este ano, agora preveem lançá-los apenas no final de 2021 –– a exemplo do Ford Mustang Mach E (foto) que foi apresentado em novembro de 2019.

Segundo a Wood Mackenzie, da perspectiva do consumidor faz todo sentido esperar mais tempo por esses modelos, uma vez que o investimento é alto. Por outro lado, a demanda reprimida durante a pandemia deve ajudar a recuperar as vendas no final do ano, embora um novo crescimento da demanda só deva ocorrer no ano em 2021.

“Apesar dos possíveis atrasos na adoção dos veículos elétricos, várias montadoras expressaram o desejo de serem neutras em carbono devido a políticas governamentais e à mudança na atitude dos investidores em direção à sustentabilidade. A incerteza causada pela guerra de preços do petróleo e pelas catástrofes globais servirá para fortalecer essa resolução, e não para detê-la ”, acrescentou Chandrasekaran.



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