O Brasil consumiu 61.494 MW médios em julho, volume 3,1% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, segundo dados preliminares da CCEE. Na comparação com 2019, a alta foi de 3,8%. O desempenho demonstra, na análise da câmara, que o consumo no País está em ritmo de crescimento semelhante ao do período pré-pandemia, com tendência de aumento gradual em relação a 2020, mas em taxas menores do que as registradas no primeiro semestre.

O avanço do consumo está atrelado ao bom desempenho dos principais setores da economia que adquirem eletricidade no mercado livre de energia (ACL). O consumo nesse ambiente, com predomínio de indústrias e empresas de grande porte, aumentou 12,1% frente a 2020, considerando as novas cargas que migraram para o segmento nos últimos 12 meses. Ao se excluir da conta as novas unidades, o crescimento seria de 7,1%.

Já no mercado regulado (ACR), o consumo recuou 1,3%, se consideradas as cargas que saíram do ambiente no último ano. Mesmo se a comparação for feita com o volume de cargas de julho do ano passado, haveria uma pequena retração, de 1,1%.

Entre os 15 setores monitorados pela CCEE, e considerando a migração de cargas, saneamento foi o ramo que registrou a maior taxa de crescimento (32,9%), seguido pela indústria têxtil (20,9%), comércio (20,4%), indústria de veículos (16,0%) e a metalurgia e produtos de metal (14,3%). Apenas o setor de bebidas recuou (- 6,9%).

Ao se excluir as novas adesões dos últimos 12 meses, o segmento de têxteis estaria na frente do ranking, com alta de 17,5% no consumo, à frente dos setores de veículos (13,9%), metalurgia e produtos de metal (13,5%) e extração de minerais metálicos (12,1%). As retrações ocorreram em bebidas (-10,7%), serviços (-5,5%), comércio (-2,5%) e telecomunicações (-2,4%).

Por regiões, o Nordeste foi a única que registrou aumento no consumo de energia em todos os estados no mês de julho, com destaque para o Rio Grande do Norte, que avançou 12% em relação ao mesmo período de 2020. No Sudeste, o Espírito Santo registrou a maior alta (10%) e no Centro-Oeste, Goiás foi a única região que teve acréscimo (1%). No Norte do País, o Pará liderou, com avanço de 6%.



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