A operadora de telecomunicações Vivo quer se tornar autossuficiente em energia com um extenso programa de geração distribuída. Já em andamento, a ideia é utilizar créditos de compensação gerados em usinas de parceiros em 23 estados do País, além do Distrito Federal, apenas de fontes renováveis: 61% de origem solar, 30% hídrica e 9% de biogás.

Ao término do programa, serão atendidas 28 mil unidades consumidoras de baixa tensão, entre estações de rádio base, antenas, escritórios e lojas do grupo da empresa espanhola Telefônica. Isso significa 80% do consumo da empresa. As unidades de média tensão, na maioria, têm energia contratada no mercado livre.

A transição energética da empresa começou em 2018, em Minas Gerais, onde centrais geradoras hidrelétricas, com potência total de 22 MW, geraram créditos para quase 3 mil estações rádio base da empresa.

Na atual fase, o modelo está sendo expandido para todo o País. Duas usinas já estão em operação, em Aripuanã (MT) e em Campinas (SP). Na primeira, na área de concessão da Energisa MT, a usina em parceria com a empresa Centrais Elétricas Salto dos Dardanelos iniciou sua operação em março deste ano, com capacidade de 3,5 MW, produzida a partir de fonte hídrica. A usina de Campinas, de fonte solar e instalada em uma área de 80 mil m², em parceria com a TMW Energy, iniciou operação em junho, com capacidade de 4,77 MW na área de concessão da CPFL Paulista.

O cronograma de expansão do programa está em andamento, sendo que os investimentos são realizados pelas empresas contratadas, com a contrapartida de uma parceria de longo prazo com a Vivo, de até 20 anos. Com todas as usinas operando, a Vivo produzirá cerca de 670 mil MWh/ano de energia, o suficiente para abastecer todo o consumo de uma cidade de até 300 mil habitantes.



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