Uma coalizão de empresas e associações do setor privado entregou no dia 24 de junho, em Londres, uma carta à presidência da COP30 defendendo medidas urgentes para acelerar o uso de fontes renováveis. O documento foi apresentado durante o evento London Climate Action Week à CEO da conferência, Ana Toni, e propõe sete ações prioritárias para que governos avancem rumo às metas do Acordo de Paris.
A iniciativa é liderada pela Global Renewables Alliance (GRA) e recebeu apoio de companhias com atuação global e no Brasil, como EDP, Engie, Iberdrola, Fortescue, Orsted, Sunotec, Vestas, Vale, CPFL Energia, Neoenergia e Eletrobras. Também assinam a carta associações como a Abeeólica, Absolar, ABIHV, Abrage, o Global Wind Energy Council e o Global Solar Council.
Intitulada Mutirão: Scaling Renewable Energy, a carta propõe, entre outros pontos, um momento de alto nível durante a COP30 para se firmar compromissos nacionais, ampliação de financiamento para energias limpas em mercados emergentes, e planos para redes elétricas e armazenamento. Além disso, a carta defende triplicar fontes limpas e dobrar eficiência até 2030.
A COP30 será realizada em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025. Será a primeira conferência do clima da ONU na Amazônia e marcará o início de uma década decisiva para a implementação dos acordos climáticos globais.
“Esta chamada conjunta do setor privado garante que a transição energética seja inclusiva, ambiciosa e rápida”, afirmou Ana Toni. A carta destaca o papel do setor privado na implementação das metas climáticas, alinhado ao compromisso público e à demanda crescente por ações concretas na área ambiental.
Segundo a GRA, 97% dos executivos das empresas apoiam a substituição dos combustíveis fósseis por um sistema elétrico baseado em renováveis. O documento aponta o Brasil como exemplo de avanço com a adição de 21 GW em novas fontes limpas em 2024 – 18 GW de solar e 3,3 GW de eólica – acompanhada de investimentos de cerca de US$ 37 bilhões e geração de 340 mil empregos.
Apesar dos avanços, alerta o documento, persistem entraves como congestionamento nas redes, altos custos de financiamento e demora nos licenciamentos. “Para destravar nosso potencial, precisamos corrigir os fundamentos”, afirmou Elbia Gannoum, enviada especial de Energia da COP30 e presidente da Abeeólica.
A carta está aberta para novas adesões até a conferência de Belém e será entregue a governos e instituições internacionais ao longo dos próximos meses. Em comunicado, o CEO da GRA, Bruce Douglas, afirmou que o setor privado está pronto para entregar energia limpa em escala, mas depende de políticas estáveis, confiança e coordenação entre os atores públicos e privados.
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