A australiana Fortescue, que tem projeto de hidrogênio verde para ser construído no complexo portuário e industrial do Pecém, no Ceará, está realizando na região um monitoramento ambiental, com execução de pesquisas e análises técnicas conduzidas pelo Labomar - Instituto de Ciências do Mar, da UFC - Universidade Federal do Ceará.

A ação faz parte de acordo de pesquisa e inovação firmado entre as duas instituições em 2024 e visa diagnosticar a vida marinha no entorno da futura planta de hidrogênio verde da companhia. De acordo com a responsável pela área de meio ambiente da Fortescue, Gianpaola Ciniglio, o monitoramento permitirá uma compreensão precisa do ambiente marinho ao redor da área onde será construída a planta, abrangendo as fases anterior, durante e posterior à implantação do projeto.

Segundo ela, as atividades envolvem estudos geotécnicos e marinhos para a definição da configuração da planta e para o estabelecimento de padrões de gerenciamento ambiental, além de avaliar seus possíveis impactos ambientais. Intitulado Marine Environmental Baseline Studies (MEBS), o estudo conta com a participação de mais de 30 pesquisadores da UFC.

De acordo com o coordenador do projeto, o professor Marcelo Soares, do Labomar, foram realizadas quatro campanhas em mar na região adjacente à futura unidade da Fortescue, no município de São Gonçalo do Amarante, próximo ao porto do Pecém. “Nosso diagnóstico inclui toda a área da vida marinha, além da geologia da região. Ou seja, tudo o que existe no fundo do mar e na faixa de praia também está contemplado no monitoramento”, relata.

Os resultados desta etapa devem ser concluídos no primeiro semestre de 2025. As atividades de campo foram realizadas com o apoio de ferramentas tecnológicas, como drones subaquáticos e câmeras de alta precisão.



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