A paranaense Copel está desenvolvendo uma metodologia para determinar em cálculo os esforços gerados pelo impacto do chamado ressalto hidráulico em comportas-segmento de vertedouros. Segundo a empresa, quando o projeto de P&D estiver concluído, será possível dimensionar de forma mais adequada esse tipo de comporta em usinas hidrelétricas instaladas em locais com baixa queda d´água.

A pesquisa é necessária, segundo a Copel, por ainda não existir um cálculo para ajudar no dimensionamento das comportas, que ficam parcialmente submersas nesses locais. Por conta dessas condições, quando o vertedouro é aberto para descarga de água do reservatório, o nível de jusante (abaixo da barragem) força as ondas do ressalto hidráulico –  fenômeno que ocorre para dissipar a energia do escoamento – contra as comportas, provocando danos ao longo dos tempos.

A importância do desenvolvimento se explica ainda por que há uma demanda muito grande, visto os novos projetos de usinas serem em sua maioria em locais com baixa queda de água, já que as grandes quedas já foram todas aproveitadas no país. Mesmo assim, há usinas mais antigas que apresentam a situação de impacto do ressalto sem que tenham sido identificados problemas. A explicação é a de que, mesmo sem os cálculos, os projetos das comportas eram mais robustos.

Para chegar ao cálculo para novo dimensionamento, estão previstos experimentos em modelos físicos e computacionais para analisar o escoamento de água pelos vertedouros que sofrem esses efeitos para determinar os esforços atuantes na comporta.  O projeto de pesquisa e desenvolvimento tem valor estimado em R$ 8,9 milhões.



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