A Ufinet, operadora neutra de infraestrutura de redes ópticas, desistiu do projeto piloto para compartilhamento de poste em parceria com a concessionária de energia Enel. Segundo a empresa, a decisão foi tomada mediante a falta de compreensão quanto ao seu propósito, juntamente com a ausência de apoio e correspondência de associações e órgãos dos quais a companhia presumia o direto interesse e receptibilidade.

“Desenvolvido com o principal objetivo de testar uma solução, em benefício das operadoras, para o ordenamento e/ou expansão regularizada de suas redes e serviços, o projeto piloto foi apoiado e aprovado pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, e seria totalmente custeado pela Ufinet, que doaria a totalidade da rede à concessionária ao final do período. Além disso, os valores de locação da rede seriam definidos com a coparticipação e contribuição das operadoras e divulgados abertamente, mantendo-se isonômicos em toda a região do projeto. Por fim, ao término dos testes, e havendo adesão por parte das operadoras, o projeto piloto serviria como importante estudo de caso para expansão do modelo para áreas muito mais abrangentes, que passariam por processo de licitação, na qual poderiam participar as empresas atuantes neste mercado”.

O projeto foi criticado no setor de telecomunicações. A Abrint - Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações chegou a apresentar em janeiro na Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações uma denúncia contra o projeto. Segundo a associação, o projeto feria os princípios de isonomia e competitividade do mercado de telecomunicações.

A Enel é uma das acionistas da Ufinet, uma operadora atacadista de telecomunicações, com 75 mil km de fibra óptica em 18 países da América Latina, há 23 anos no mercado. Chegou no Brasil em 2019, quando adquiriu a Netell, de São Paulo. Mais recentemente, comprou a NB Telecom, do Rio de Janeiro. Além da atuação como carrier de carrier, a empresa estruturou uma outra área de negócios para oferta de rede GPON neutra a empresas que queiram atender assinantes com serviços FTTH. Lançado em março de 2021, o serviço tem como área inicial de cobertura as 24 cidades da Grande São Paulo. Começou por Osasco, com 50 mil HP, e hoje os municípios do ABCD estão em fase de implantação, em um projeto de 700 mil HP.



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