A Telecall, operadora com licenças STFC, SCM e SMP, sediada no Rio de Janeiro, cresceu cerca de 46% ao ano no período de 2018 a 2020. A projeção para os próximos exercícios é ainda melhor: a meta é ultrapassar taxas anuais de 62%. Grande parte do otimismo se deve aos contratos de MVNO – operadora móvel virtual assinados com empresas e provedores de Internet em todo o país. Hoje a carteira conta com 19 prestadoras autorizadas, sendo 12 já em funcionamento. Até o final de 2021, pelo menos mais nove acordos, já em negociação, deverão ser formalizados.

Fundada em 1998, a Telecall tirou licenças nos EUA e no Japão para ofertar cartões telefônicos internacionais pré-pagos a brasileiros que moravam no Japão. A experiência deu dão certo, que logo a empresa expandiu para outros imigrantes. “Fomos um dos primeiros no mundo a atuar no segmento. Chegamos a ter 70% do market share dos brasileiros que faziam chamadas no Japão para o Brasil. Hoje temos o tráfego mundial de mais de 180 milhões de minutos e mais de 600 interconexões com operadoras internacionais”, conta Bruno AjuzSVP da Telecall.

No Brasil, além de serviços de voz (STFC e VoIP), a empresa cresceu com a oferta de dados (SCM) para o mercado corporativo e de atacado. Em 2013, iniciou a construção de um backbone próprio (subterrâneo) no Rio de Janeiro, hoje com mais de 700 km de fibra óptica na cidade. O anel subterrâneo conecta operadoras de cabos submarinos e os principais data centers no Rio de Janeiro, como Seaborn, Globenet e Facebook, entre outras. Em 2018, ganhou a concorrência do Facebook no Brasil para fornecimento de fibra apagada, com validade de 20 anos. Além da fibra e espaço em dutos, o portfólio compreende links dedicados ponto a ponto, MPLS e serviços de colocation em seu data center. “Também temos ponto de presença e rede óptica em São Paulo, por meio de acordos de swap”, diz.

Em 2018, ao tirar sua licença SMP – Serviço Móvel Pessoal, a Telecall passou a atuar como MVNO e MVNA – agregadora de operadoras móveis virtuais, com a oferta do sistema e core de rede, incluindo BSS e OSS. “Usamos somente as antenas e espectro da melhor MNO, diz o executivo. Segundo ele, a empresa não é apenas uma autorizada, mas a primeira full MVNO autorizada da MNO, com opções de serviços pré-pagos e pós-pagos. “Nosso diferencial é poder trabalhar em quatro mãos com a MVNO e entregar um serviço taylor made, totalmente personalizado”, afirma.

A Fluke, de São Carlos, SP, é um de seus clientes. A operadora oferece serviço de telefonia móvel para todo o país baseada em um modelo digital e personalizável, com a possibilidade de contratação de franquia de Internet e minutos de voz de forma avulsa através de um aplicativo.

Além da Fluke, a Telecall assinou contratos com o Grupo Conexão, Tchê Turbo e Unilink, além de três acordos para prestação de serviços de IoT - Internet das Coisas, como rastreamento de veículos.

A Telecall atua três pilares: B2B (corporativo), atacado de voz e dados e MNVA/O (mobilidade). Como novidade para o quarto trimestre deste ano, a empresa entrará no mercado de games. É uma empresa 100% nacional e familiar, quem tem como sócios Cleber Ajuz (presidente do grupo), Allan Ajuz (CEO), além de Bruno Ajuz. Está sediada na Barra da Tijuca e emprega mais de 140 colaboradores.



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