O SEESP - Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo promoveu no dia 18 de agosto, em São Paulo, um debate sobre infraestrutura urbana de telecomunicações e o crescente problema do emaranhado de cabos nas cidades. O encontro reuniu especialistas e autoridades do setor para discutir soluções técnicas e regulatórias voltadas à organização das redes.

O evento foi organizado por Marcius Vitale, coordenador do Conselho Assessor de Telecomunicações do SEESP, presidente da Adinatel e CEO da Vitale Consultoria, com o apoio do engenheiro Renato Becker, diretor do SEESP.

“Temos essa questão dos fios, da poluição visual na cidade e o risco de acidentes nas ruas. É um debate extremamente importante. Para nós, engenheiros, olhar para esses postes é sem dúvida vergonhoso”, frisou Murilo Pinheiro, presidente do SEESP no início do debate. Edson Luiz Martelli, diretor do Crea-SP, reforçou a necessidade de fiscalização e como o Crea pode auxiliar, inclusive, na capacitação profissional.

A deputada estadual Carla Morando contou como a CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito das empresas de telecomunicações que presidiu, em 2024, foi – apesar da importância do tema – um “fiasco”. “Teve pouca aderência dos deputados e um relatório final sem qualidade, não conseguimos nos aprofundar no tema. Isso aconteceu na CPI da Enel também”, criticou.

Ricardo Teixeira, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, destacou as ações da Prefeitura, mas admitiu que há um lobby muito grande para que nada mude. “Temos conversado muito com o sindicato dos engenheiros sobre os problemas da cidade e essa atividade é um resultado disso. O cenário de irresponsabilidade com os postes mostra que temos que fazer algo”, ele afirmou.

O Conselho Assessor de Telecomunicações do SEESP, sob coordenação de Vitale, vem desenvolvendo estudos para estabelecer procedimentos de engenharia e de segurança do trabalho, envolvendo desde a validação do compartilhamento de infraestrutura aérea e subterrânea de telecomunicações em testes de campo, até normas voltadas à segurança em zonas não controladas em postes. Também estão em pauta a adequação da infraestrutura para 5G e 6G, o uso de tecnologia BIM em projetos de redes, novas topologias com fibras ocas, postes inteligentes, gestão de redes com inteligência artificial, a migração das redes caóticas para estruturas ordenadas, bem como o reaproveitamento de redes legadas com a retirada de cabos metálicos obsoletos.

Os debates podem ser assistidos na íntegra no canal do SEESP no YouTube.

Foto: Rita Casaro



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