A São Martinho, um dos maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, e a Ericsson anunciam um acordo focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o agronegócio a ser aplicada no ambiente de IoT – Internet das Coisas, com base nos padrões abertos de conectividade 4G e 5G. Esta iniciativa aumentará a velocidade de transformação das fazendas da São Martinho em Smart Farming.

A São Martinho escolheu a Ericsson como parceira para viabilizar a cobertura 5G de toda a operação da Usina São Martinho, considerada a maior unidade processadora de cana de açúcar do mundo, localizada em Pradópolis, SP, onde será instalado um centro de inovação para desenvolver aplicações reais de 5G para o agronegócio em 700 e 3500 MHz. Como próximo passo, uma operadora de telecom, ainda a ser definida, será selecionada pela São Martinho para fazer parte da parceria.

Para completar o ecossistema, também está prevista a adesão de empreendedores e startups, possibilitando assim integrações mais ágeis e flexíveis entre empresas e desenvolvedores do agronegócio.

Os casos de uso da tecnologia 5G, gerados como fruto dessa parceria, irão aumentar a eficiência da São Martinho em processos que requerem alta velocidade de transferência de dados e baixíssima latência, permitindo a utilização de veículos autônomos como tratores e caminhões, drones para controle inteligente de pragas e plantas daninhas, identificação e localização de incêndios em suas áreas agrícolas, dentre outras atividades que requerem processamento de dados e imagens em alta velocidade.

“O setor do agronegócio corresponde a quase 25% do PIB brasileiro, e apenas 29% das propriedades rurais são conectadas, o que representa um fator restritivo para a inovação e produtividade. O Brasil ocupa atualmente a 3ª posição no Ranking de Exportação do Agronegócio do mundo. Assim, qualquer benefício gerado a partir dessa parceria terá um forte impacto positivo e apoiará o crescimento da economia brasileira”, diz Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina.

Uma análise setorial da Ericsson mostrou que a conectividade no campo trará uma disrupção semelhante à trazida nos anos 60 do século passado com o trator, com benefícios significativos em todos os aspectos da agricultura. O potencial de digitalização da economia brasileira, combinado com a maturidade do setor de tecnologias da informação e comunicação e consequente surgimento de um ecossistema digital, cria neste momento um ambiente favorável para a transformação digital no campo, habilitada pela conectividade.

“Nos próximos cinco anos, a cobertura de Internet celular de alta capacidade no campo deve cobrir uma área correspondente àquela que as tecnologias 2G e 3G levaram 20 anos para atingir. O desenvolvimento da cadeia do agronegócio por inteiro a partir da IoT e com o advento do 5G pode tornar o Brasil ainda mais produtivo. A demanda global por insumos vegetais, alimentos e proteína irá dobrar até 2050 e o Brasil é o único país com condições favoráveis para aumentar em escala a oferta de alimentos, além de enorme espaço para ganho de produtividade em diferentes etapas da cadeia, tornando-se assim o maior exportador de produtos agrícolas nesta nova década”, complementa Ricotta.

A São Martinho está entre os maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade aproximada de moagem de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e índice médio de mecanização de colheita de 100%, uma referência no setor. Possui quatro unidades em operação: Usina São Martinho, em Pradópolis, SP; Usina Iracema, em Iracemápolis, SP; Usina Santa Cruz, em Américo Brasiliense, SP e Usina Boa Vista, em Quirinópolis, GO.



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