Estudos do SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento demonstram que no estado do Rio Grande do Sul há uma perda de 41,6% da água. Mas o estado recebe agora a ajuda de um satélite equipado com tecnologia israelense, originalmente concebido para buscar água em Marte, para identificar vazamentos em sua rede de abastecimento de água tratada. Munido de softwares inteligentes acoplados a radares, o equipamento escaneia o subsolo com precisão através da emissão de micro-ondas, identificando água potável em contato com o solo até 3 metros de profundidade através do cloro dissolvido e da condutividade elétrica, diferenciando-a de água bruta, como a proveniente de lençóis freáticos, rios subterrâneos ou poços.

Uma vez mapeados os possíveis pontos de vazamento, equipes operacionais entram em ação utilizando geofones ultrassensíveis para localizar e confirmar os vazamentos indicados pelo satélite. Esse método não só agiliza o processo, realizando a identificação de vazamentos na área verificada em um tempo 85% menor (de 18 para 3 meses), mas também oferece uma precisão acima de 90% (dos 3,3 mil km de logradouros onde há redes da Corsan, empresa da Aegea, 330 km foram apontados com problemas pelo satélite), eliminando a necessidade de quebrar pavimentações para encontrar a fonte do problema.

Anteriormente, a busca por vazamentos ocultos era um trabalho meticuloso e demorado, exigindo equipes percorrendo ruas com geofones. Agora, com a tecnologia, o processo é mais ágil e eficiente, o que é crucial, pois quanto mais rápido o problema for resolvido, menores serão as perdas de água.

Os trabalhos no estado começaram pela região metropolitana de Porto Alegre, (Viamão, Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada e Canoas) percorrendo mais de 3,3 mil quilômetros de redes. Dessas, 330 quilômetros apresentaram indícios de vazamento. Se não fosse pela tecnologia do satélite, se levaria cerca de um ano e meio para chegar a esses resultados. Agora, com base nesses dados, a área identificada será investigada com geofones para reparar as fugas de água de forma eficaz. Na região metropolitana, cerca de 60% da água potável é perdida antes de chegar às torneiras abastecidas pela Corsan, índice acima da média Brasil (40%).



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