Em comemoração aos 250 anos de Campinas, SP, e aos 50 anos da Sanasa, a empresa de saneamento campineira alcançou, no dia 5 de fevereiro, a marca de 350 quilômetros de troca de redes de água. A meta é alcançar 450 quilômetros de redes substituídas até o fim deste ano, o que significa quase 10% das redes de água de toda a cidade. Essa ação faz parte do Programa de Redução de Perdas, iniciado em 1994, e que até 2020 trocou outros 450 quilômetros. Ele integra o Plano Campinas 2030, cujos objetivos são garantir a segurança hídrica da cidade, promover qualidade de vida à população, crescimento econômico e trazer benefícios ao meio ambiente. Para a execução dessas obras, a Sanasa está investindo R$ 200 milhões, financiados pela Caixa Econômica Federal.

A marca dos 350 quilômetros foi registrada no Jardim Paineiras, um dos bairros contemplados com o serviço de troca de redes. “A meta é chegar a 450 quilômetros em quatro anos, ou seja, aproximadamente o que foi trocado em 27 anos. É um investimento importante, pois Campinas tem a menor perda de água entre as cidades com mais de 1 milhão de habitantes”, destaca o prefeito Dário Saadi, referindo-se ao índice de 20% das perdas de água na rede de distribuição em Campinas, contra a média nacional, de 40%.

“Nosso programa prevê chegar a 18% até 2026, com a continuidade deste Programa de Redução de Perdas”, completa o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Junior. O planejamento das obras de troca de redes foi feito com base nas regiões que mais apresentavam ocorrências de rompimentos nas redes de distribuição e, com esse trabalho, o índice diminui significativamente. “Em 2019, tínhamos 0,44 rompimento para cada quilômetro de rede; hoje estamos com 0,32. Isso significa uma redução de aproximadamente 25%”, explica Magalhães. As redes de água antigas estão sendo substituídas por tubulações de PEAD - polietileno de alta densidade, com durabilidade superior a 50 anos. Com a troca, a quantidade de rompimentos na rede vai reduzir drasticamente, diminuindo os reparos emergenciais que obrigam o fechamento de registros (e que provocam falta de água aos clientes) para a realização de consertos. Para a execução das obras, a população não fica desabastecida, uma vez que é atendida por redes aéreas.

Este trabalho de troca de redes ainda impacta de forma positiva o meio ambiente, pois reduz significativamente a captação de água dos rios que abastecem a cidade. De 1994, quando foi iniciado o programa, até meados de 2023, a cidade deixou de captar mais de 600 bilhões de litros de água dos rios, contribuição decisiva para a vitalidade da bacia hidrográfica regional.



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