Em 2021, o Programa Novo Biodiesel Urbano desenvolvido pela Secretaria de Serviços Urbanos em parceria com o Saae - Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Indaiatuba, SP, coletou 44.954 litros de óleo, que foram transformados em 15.200 litros de biocombustível. Além dos benefícios ao meio ambiente, a utilização do biocombustível gerou uma economia de R$ 53.188,60 aos cofres públicos, no período.

O município foi o primeiro a produzir biodiesel a partir de óleo vegetal e gordura animal usados, utilizando tecnologia desenvolvida pela Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. A usina piloto de Indaiatuba entrou em operação em outubro de 2006, com a proposta de produzir um combustível limpo, menos poluente, e dar uma destinação ecologicamente viável ao óleo de cozinha usado, que deixa de ser descartado na rede de esgotos.

O descarte do óleo na pia, no ralo ou diretamente no solo pode provocar o entupimento prematuro do encanamento do imóvel e contaminar mananciais. Estudos mostram que um litro de óleo contamina em média 1 milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de uma pessoa durante 14 anos.

Outra vantagem do programa é o lado social. Desde 2013 a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente comercializa os resíduos do óleo usado na produção do biocombustível e destina a renda ao Funssol - Fundo Social de Solidariedade, a exemplo do que já acontece com o material reciclado que é coletado nas ilhas ecológicas e enviado ao Centro de Triagem. Na produção do biocombustível, cada litro de óleo gera em torno de 30% de resíduos. A empresa que compra o produto utiliza para a indústria química, o que garante que todo o óleo coletado seja reaproveitado.

A comercialização desse resíduo é feita com base na Decreto 10.553, de 20 de janeiro de 2010, que dispõe sobre a destinação de materiais recicláveis. No ano passado, o volume total do material que foi coletado e não teve aproveitamento para produção de biodiesel foi de 30.445 litros. Com a venda desse material o município conseguiu repassar R$ 13.700,25 para o Funssol.

O bom desempenho do Programa Novo Biodiesel Urbano depende da população, que pode ajudar separando em garrafas PET todo o óleo que utiliza nas frituras de casa ou de comércios. O material pode ser depositado em uma das ilhas ecológicas (ecopontos) instaladas em vários pontos da cidade.

A Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente também faz a retirada no local quando o munícipe tiver dificuldade para entregar o material nos pontos de coleta. Para os comércios, a Secretaria de Serviços Urbanos disponibiliza um recipiente plástico com capacidade de 20, 30 ou 50 litros para armazenar o produto. Todos os doadores recebem um comprovante da retirada do óleo usado e também um certificado de destinação correta. Atualmente o programa possui 204 pontos de coleta cadastrados entre lanchonetes, restaurantes, condomínios, igrejas, pastelarias, padarias e supermercados, além dos ecopontos.

Produção de biocombustível

Na usina que funciona nas dependências da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, a produção do biocombustível começa com a seleção do óleo recolhido, que é purificado e passa por um processo de reação química chamada de transesterificação, no qual acontece a transformação do óleo de fritura em biodiesel. Um litro de óleo depois de limpo se transforma em um litro de biodiesel.

Depois de produzido o biodiesel é utilizado nos veículos e máquinas da frota da Prefeitura e do Saae, em proporção que pode chegar até 30% dependendo da disponibilidade em estoque e recomendações técnicas.

O biodiesel é uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo. Pode ser usado em carros e qualquer outro veículo com motor diesel. Fabricado a partir de fontes renováveis como o óleo vegetal e gordura animal, é um combustível que emite menos poluentes que o diesel.



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