Até o fim do ano entra em operação uma nova fábrica dos coagulantes policloreto de alumínio (PAC) e cloreto férrico em Cubatão, SP. A unidade da Hidromar, especializada em logística de cloro, já está pronta e só demanda os últimos detalhes técnicos de controle para passar a produzir de fato, segundo disse o diretor comercial da empresa, Nelson da Silva (foto), durante a Fenasan 2023.

A unidade tem como diferenciais o suprimento direto, via tubulação, de matérias-primas importantes para a produção de forma direta. Vizinha na unidade de cloro-soda da Unipar Carbocloro, a Hidromar receberá da indústria via duto o ácido clorídrico (HCL), necessário para a reação com o hidróxido de alumínio para a produção do PAC.

“Vamos eliminar o risco e o custo do transporte de HCL”, disse Silva. Está nos planos também no futuro passar a receber o hidróxido de alumínio via transporte ferroviário, já que há esse modal no polo de Cubatão, ao lado da sede da Hidromar.

Além disso, também o vapor de processo será fornecido via duto de outra indústria vizinha, a Petrocoque.

O projeto de cloreto férrico, segundo Silva, embora já esteja definido e pronto, ainda não foi implementado nessa etapa. Para a sua produção, da mesma forma, será utilizado o HCl da Unipar e a hematita (óxido de ferro), que também deve ser fornecida via férrea no futuro.

A nova planta de PAC terá capacidade de produção de 10 a 12 mil toneladas por mês (para o PAC 18) e que poderá ser revertido para o PAC 10 para cerca de 15 mil t/mês.

Para Silva, apesar de haver oferta considerável de coagulantes no Brasil, há um potencial muito grande para aumento do consumo com as metas de universalização do saneamento. “Apesar de hoje ter uma oferta até sobrando, a probabilidade é de no médio prazo começar a faltar. Só para se ter uma ideia, só a Sabesp consome hoje cerca de 6 mil t/mês de PAC 10”, diz.

“Vamos supor que a Sabesp faça mais duas ou três novas estações, o que é muito possível, aí só nesse caso a demanda duplica ou triplica”, completa.

O investimento na unidade de coagulantes da Hidromar, segundo Silva, gira em torno de R$ 80 milhões.



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